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Qual será o fim da ciência brasileira?

A revista Science da semana passada traz uma matéria sobre as dificuldades enfrentadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE. O Instituto foi criado em 1961 instalado na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo e é considerado o maior instituto de pesquisas espaciais da América Latina.

Responsável pelo monitoramento do Clima e das queimadas na Amazônia, entre outras diversas funções, o INPE vem passando por sucessivos cortes orçamentários que podem comprometer seu funcionamento e a execução destas e de outras imprescindíveis funções, que inclusive subsidiam outros ramos da ciência brasileira.

Além das restrições financeiras que sofre de forma contínua desde o Governo Dilma Roussef, o INPE e seus pesquisadores sofrem ataques de membros do Governo Jair Bolsonaro que, para justificar as ações inócuas de combate aos crimes ambientais, especialmente na região amazônica, desqualificam as pesquisas realizadas pelo órgão.

Pego o exemplo do INPE para ressaltar os danos provocados pela falta de incentivo à ciência no Brasil de uma maneira geral. Cortes orçamentários profundos reduziram a possibilidade de financiamento de projetos de pesquisa e restringiram a distribuição de bolsas em programas de pós-graduação, sem esquecer que bolsas de Mestrado e Doutorado não passam por qualquer reajuste há mais de uma década. O que era ruim só piora.

Enquanto isso, políticos de praticamente todas as agremiações partidárias, apoiam o bilionário fundo de quase 5 bilhões de reais a ser gasto na próxima eleição. Não há inocentes neste crime. Nem de um lado e nem do outro, dos polos que dividem a preferência do eleitorado.

Não vejo saída e nem a famosa luz no fim do túnel. O túnel já está escuro na entrada.

Boa semana para todos (as).

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