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Aprendendo a ensinar

Ao longo da minha carreira de professor descobri que os estudantes podem desenvolver estratégias bem diferentes para atingir seu aprendizado. Trabalhei em grandes escolas públicas e privadas e conheci uma razoável gama de alunos.

Em uma das minhas muitas experiências tive estudantes com certo grau de autismo. Estas crianças detinham suas dificuldades, mas quando conseguiam aprender eram incomparáveis pela forma com que conseguiam demonstrar o quanto aprenderam. Lembro de uma situação, em uma das grandes escolas por onde passei. Ministrava um tema relacionado a animais e o estudante não tinha conseguido compreender sobre a estrutura de um determinado grupo animal. A escola dispunha de farto acervo de exemplares de diferentes grupos de animais. Durante um plantão peguei alguns destes exemplares e levei até a criança. Ela pegou, olhou longamente para o exemplar, fez uma duas ou três perguntas e disse: entendi!

A premissa de que uma imagem vale mais do que mil palavras é muito significativa para o aprendizado de qualquer coisa. Você pode ter os melhores argumentos para que um estudante compreenda um determinado tema, mas colocá-lo dentro do assunto, tocando, experimentando, vivenciando, não tem paralelo.

Ultimamente tenho lido muito sobre o aprendizado por metodologias ativas. A ideia de colocar o estudante no centro do aprendizado é muito interessante. Como parte integrante daquele aprendizado, a criança ou adolescente passa a perceber o conhecimento como algo bem natural e com isso vem o sucesso e os estímulos para continuar aprendendo.

Acredito muito no Learn by doing (aprender a fazer, fazendo). Ali, com alguns elementos em mãos, a criança com alguma orientação, consegue por em prática seu aprendizado e garante uma experiência capaz de substituir muitas horas de aulas. Estas vivências são essenciais principalmente para conhecer conceitos de ciências.

A educação é mais importante meio de se formar pessoas. Mas não existe uma receita única e pronta. Porque, como humanos, não somos pessoas iguais e nem nossos cérebros funcionam exatamente da mesma forma. Estudar os meios de melhorar o aprendizado é uma missão bastante desafiadora.

Bpa semana para todos (as).

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