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Enfim uma boa notícia

Esta semana a ciência brasileira assistiu o cumprimento de uma promessa do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que aumentaria os recursos para o pagamento das Bolsas de Pós-Graduação no País. A notícia repercutiu muito bem no seio das instituições que cuidam da pesquisa brasileira, especialmente as universidades.

É importante esclarecer para o leitor que as Universidades, especialmente as públicas, através dos seus programas de Pós-Graduação são responsáveis por 95% de tudo o que se produz de conhecimento novo no país. Este conhecimento é desenvolvido como trabalho final ou parcial dos cursos de Mestrado e Doutorado. Estudantes destes níveis, até o mês de Fevereiro deste ano ganharam R$ 1.500,00 (valor da Bolsa de Mestrado) e R$ 2.200,00 (valor da Bolsa de Doutorado). Com o aumento, a partir do mês de Março, os mestrandos passarão a receber R$ 2.100,00 e os doutorandos, R$ 3.100,00.

É válido ressaltar que este valor não é acrescido de nenhuma vantagem, como 13º salário ou férias, por exemplo, e o estudante usa para se manter e, muitas vezes, até para custear parte da pesquisa que desenvolve.

O aumento também abrangeu outras categorias, como a Iniciação Científica, cuja bolsa é de R$ 400,00 e passou a custar R$ 1.000,00. Foram aumentadas também as bolsas de Produtividade e de Pós-Doutorado.

Este incremento é muito importante e dá outra dimensão para os programas de pós-graduação no país. O sonho de galgar posições acadêmicas ainda é muito comum nos estudantes brasileiros. Isso porque nosso país não tem uma indústria forte e nem funções remuneradas o suficiente, fora do escopo daquelas cuja remuneração baseia-se no quanto o profissional acumulou de experiência escolar, ao longo dos cursos de graduação e pós-graduação.

A produção acadêmica brasileira, representada por produtos como artigos científicos e patentes ainda é considerada incipiente. No ranking dos países que mais publicam artigos científicos (frutos diretos das pesquisas científicas) o Brasil ocupa o 13º lugar em levantamento feito entre os anos de 2015 e 2020. Considerando as dimensões e o tamanho da população, considera-se um valor aquém do potencial das instituições de pesquisa e dos pesquisadores.

Este foi um passo muito importante do Governo Federal no fomento à pesquisa. Esta ação não deve parar por aí, para que novos hiatos de 10 anos sem qualquer aumento nos investimentos não se repitam. Um ação destas puxa os estados para realização de investimentos neste campo também.

Até o próximo post...

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