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Afivelando as malas...

Em 2017, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Maranhão (FAPEMA) lançou um edital para estimular trocas e experiências entre pesquisadores maranhenses e pesquisadores estrangeiros, financiando projetos com a finalidade de estreitar estes laços.

Prof. Eduardo Almeida Jr., professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e curador do Herbário MAR (Herbário do Maranhão) montou uma equipe de pesquisadores para concorrer a este edital, com o objetivo de sedimentar parceria com o Jardim Botânico de Nova York (NYBG), nos Estados Unidos. A ideia é trabalhar na identificação de plantas da coleção da Amazônia, coletadas em diferentes regiões da Amazônia Legal, o que compreende os estados da região Norte e mais o estado do Maranhão.

A ideia era que o grupo viajasse em 2020. Mas no meio do caminho apareceu uma pandemia que fechou as fronteiras do mundo e todo mundo sabe bem o que foi o período que vivenciamos por causa da COVID-19. O tempo passou e em 2022, o Prof. Almeida Jr. aprovou novo projeto, e casou a ideia da Cooperação Internacional com um Pós-Doutorado no NYBG. Este ano viajarão outros dois integrantes da missão, e com isso este que escreve aos domingos para o Ciência Viva, vai passar uns dias conhecendo plantas da coleção Amazônica, por fazer parte dos pesquisadores associados ao Herbário MAR da UFMA.

O Plano é passar cerca de três semanas no mês de abril trabalhando neste projeto de parceria e voltar com a bagagem de quem conheceu e passou uma temporada conhecendo plantas no segundo maior herbário do mundo. O Herbário do Jardim Botânico de Nova York é o segundo maior herbário do mundo com 7 milhões e oitocentas mil exsicatas. Para quem ainda não sabe os Herbários são entidades que armazenam coleções de plantas desidratadas na forma de exsicatas, que servem como testemunho de pesquisas em diferentes áreas do conhecimento humano como a própria botânica, a ecologia, a farmácia, a genética e outras áreas. Para se ter uma ideia comparativa, o maior herbário brasileiro é o do Jardim Botânico do Rio de Janeiro que apresenta cerca de 650 mil exsicatas. O maior do planeta fica no Museu de História Natural da França, em Paris, com 9,5 milhões de exsicatas.

Enquanto organizamos a viagem, vencendo a burocracia de deixar o país em uma missão de estudos, fica a expectativa para este novo desafio da carreira de um pesquisador do Piauí. Até o próximo post...

 

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