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“E como foi lá?”

Com esta pergunta muitos amigos, colegas, alunos e ex-alunos e familiares perguntaram sobre a pesquisa que estamos desenvolvendo e que teve uma parte executada nas instalações do herbário do Jardim Botânico de Nova York, nos EUA.

A nossa ideia original tem sido buscar informações sobre as plantas que ocupam o ambiente de restinga. A restinga, para quem não sabe, é aquela vegetação que fica na praia e nas suas imediações, próxima ao mar. Trata-se de uma vegetação muito recente que recebe influência direta de uma série de fatores que atrapalham bastante o crescimento normal das plantas.

Além de buscar informações sobre este grupo de plantas, nos pomos a contribuir com a identificação de algumas espécies de plantas que estão na coleção do herbário do NYBG. Examinamos muitas plantas. Seria capaz de chutar que nas quase três semanas que passei trabalhando, devo ter examinado perto de 1000 exemplares. Os resultados foram além do esperado.

Ao todo consegui diagnosticar 38 plantas, enquadrando algumas no gênero e outras na espécie. Tive o privilégio de resolver problemas de identificação que já perduravam por muito tempo. É o caso de uma plantinha que foi coletada em 1842 em algum lugar da Bahia, no Brasil, pelo botânico alemão Constantino Glocker. A planta foi incorporada a um herbário da Alemanha e veio parar como doação no acervo do Jardim Botânico de Nova York, estando acondicionada em um dos seus armários.

Encerramos nossa participação com um convite do Dr. Douglas Daly para retornar ao Jardim agora para um estágio pós-doutoral. O famoso pós-doutorado que muita gente pensa que é um título, mas nada mais é do que um estágio no qual é possível aumentar o conhecimento com o estudo de técnicas novas, a ampliação da sua rede de trabalho e o compartilhamento dos seus conhecimentos. Um convite fabuloso, sem qualquer dúvida!

Boa semana para todos e todas!

 

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