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Mulheres na Ciência

Por estes dias estive pesquisando a biografia de algumas pessoas que se destacaram na ciência, para complementar um projeto e cheguei a uma conclusão que depois me pareceu até um tanto quanto óbvia: as mulheres são fantásticas em tudo que insistem em fazer!

Sem querer fazer média com qualquer grupo e nem preocupado com o filme da Barbie, andei lendo sobre a vida de algumas mulheres que se destacaram dentro de suas profissões e hoje resolvi fazer o comentário sobre seis delas.

Marie Curie – Física e Química nascida na Polônia que viveu na França. Fez importantes descobertas sobre a Radioatividade e mostrou para a ciência como fazer o isolamento de isótopos radioativos. Foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel (ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1903) e o único pesquisador do Planeta a ganhar mais de um prêmio Nobel (ganhou o Prêmio Nobel de Química em 1911).

Ada Lovelace - Foi uma matemática e escritora inglesa responsável por criar e executar o primeiro algoritmo a ser utilizado em uma máquina de processamento de dados. Por usa criação, é considerada a primeira programadora de computador da história. Ada desenvolveu seus estudos iniciais em casa, aprendendo fortemente matemática e ciências. Era filha do escritor inglês conhecido como Lord Byron.

Enedina Alves - Foi uma professora e engenheira brasileira. Nascida do Paraná, Enedina foi responsável por muitas obras de engenharia em várias cidades do Estado do Paraná. Foi a responsável pela construção de prédios públicos além de ter sido coordenadora do Plano Hidrelétrico do Paraná. É considerada a primeira engenheira civil negra do Brasil.

Emmy Noether - Foi uma matemática alemã que fez importantes estudos sobre o cálculo de anéis, corpos e álgebra em geral. O teorema de Noether, criado por ela, é muito importante para os conceitos de simetria e leis de conservação na Física. Sua contribuição é muito importante nos campos da Física Teórica e Álgebra Abstrata, apresentando aplicações diretas na área de Astronomia e Astronáutica.

Rosalind Franklin – Foi uma química nascida em Londres, Inglaterra, cujas pesquisas ajudaram a elucidar a estrutura do DNA e do RNA. Além disso, pesquisava a estrutura dos vírus e do carvão mineral. Sua contribuição na descoberta do DNA alimentou outros pesquisadores a concluir sobre a forma da molécula, considerada um dos temas mais importantes da história da Biologia. O reconhecimento pela descoberta veio apenas de forma póstuma, pois na época que os descobridores ganharam o Prêmio Nobel, Rosalind havia falecido.

Niède Guidon – Arqueóloga brasileira que dedicou sua vida a um conjunto de descobertas arqueológicas no sertão do Piauí (região de São Raimundo Nonato). Com suas descobertas, pôs em xeque a teoria de ocupação das Américas pelo estreito de Bering há 11 mil anos. Ao descobrir vestígios datados de 50 mil anos, propôs que o homem pode ter chegado às Américas pelo mar, aproveitando que, em épocas pretéritas, o nível dos oceanos era mais baixo e que mais ilhas existiam o que facilitou a leva migratória da África para as Américas.

Já faz alguns anos que algumas iniciativas promovem o ingresso de mais mulheres nas ciências de uma maneira geral. Há inclusive o apoio de órgãos de fomento que promovem bolsas para o ingresso de mais meninas nas áreas científicas. Olhei rapidamente o painel do Currículo Lattes do CNPq e descobri que existem mais currículos de Mulheres (225.153 doutoras) com Doutorado do que de Homens (224.078 doutores). Descobri ainda que as áreas preferenciais do gênero feminino são as Ciências Humanas (29.069 doutoras), seguida das Ciências da Saúde (24.353 doutoras) e depois Ciências Biológicas (20.889 doutoras).

Pelo sim, pelo não, sou dos que torce para que mais mulheres cheguem às áreas de pesquisa, porque na grande maioria dos casos, em tudo o que fazem prevalece a competência!

Feliz domingo para todos e todas!

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