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Nova terapia contra o Câncer

Já tem algum tempo que os pesquisadores haviam descoberto que alguns tipos de câncer são motivados por aneuploidas específicas em alguns cromossomos. Estas aneuploidias são ganhos ou perda de cromossomos específicos que já se sabia há algum tempo serem os responsáveis por alguns tipos de tumores malignos. [Para que o leitor entenda as Aneuploidias representam cromossomos extras. Um exemplo bem comum é a Trissomia do Par 21, também conhecida como Síndrome de Down, na qual o paciente tem um cromossomo 21 a mais, formando, ao invés de um par de cromossomos, um trio]

Esta semana que passou, uma pesquisa comandada por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale, publicaram artigo na Revista Science onde concluem que certas aneuploidias comumente encontradas nos genomas tumorais desempenham um papel central no desenvolvimento do câncer, e a eliminação dessas aneuploidias compromete o potencial de crescimento maligno. Isso pode representar uma nova estratégia de se eliminar o mal pela raiz. A anulação desta aneuploidia pode significar o fim da doença no paciente.

Ao mesmo tempo, a aneuploidia causa vulnerabilidades terapêuticas colaterais que podem ser direcionadas para eliminar seletivamente células com desequilíbrios de dosagem cromossômica. O desenvolvimento de metodologias flexíveis de engenharia cromossômica, permitirá experimentos adicionais para desvendar ainda mais as consequências da aneuploidia no desenvolvimento e na doença.

Neste caso a genética pode estar chegando com uma nova abordagem para coibir alguns tipos de formações tumorais, livrando pacientes do problema

Outra boa notícia vinda da Genética

Pesquisadores realizaram o que antes era considerado uma tarefa impossível: sequenciar completamente não apenas um cromossomo Y, mas dezenas deles de homens de diferentes populações de todo o mundo. Quando o Genoma Humano foi publicado, há mais de 20 anos, o cromossomo Y (um cromossomo diminuto que define o sexo masculino, geneticamente) mostrou-se muito mais difícil de sequenciar do que o resto, porque tinha muitas regiões repetitivas e invertidas. Esta semana na Revista Nature, pesquisadores relataram decifrar o código usando tecnologias mais recentes. Em outro estudo, uma equipe relatou o sequenciamento de mais 43 cromossomos Y coletados de 21 populações. A equipe descreve uma grande variação em alguns recursos, como o tamanho das regiões repetitivas. Ainda não foi determinado se isso afeta os homens de alguma forma, mas uma coisa é clara: O Y é realmente tão estranho e tão interessante quanto pensávamos, afirmou um geneticista que não participou da pesquisa.

Cromossomo Y (à direita): embora menor do que os demais, deu muito trabalho para se revelar para ciência (Fonte: www.science.org)

Boa semana para todos e todas!

 

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