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A inteligência humana pode ser substituída por uma IA?

Já tem um tempo que as pessoas discutem sobre os “riscos” da Inteligência Artificial (IA) tomar de conta da vida, substituindo em muitos casos a Inteligência Humana, mas a pergunta que não quer calar: seria possível haver um domínio das inteligências artificiais sobre a “inteligência natural”?

De certo modo, em algumas situações, já percebemos algoritmos de IA substituindo postos que seriam de seres humanos, quando temos a necessidade, por exemplo, de tirar uma dúvida no aplicativo do Banco, ou quando precisamos agendar uma consulta médica. Já são coisas mais simples, mais fáceis de serem automatizadas e que já detêm uma certa precisão no momento de ocupar o papel de uma ser humano, neste particular.

Em 1950, o escritor russo Isaac Asimov, um dos maiores autores de ficção científica, preocupado com um mundo ocupado por robôs e com o domínio da Inteligência Artificial criou as três leis da Robótica, prevendo, entre outras coisas, o avanço da IA. Veja as leis criadas por Asimov:

1ª lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal;

2ª lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei;

3ª lei: Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.

A preocupação de Asimov foi exatamente imaginar um mundo dominado pela automação que pudesse trazer transtornos para o mundo das pessoas. Mas cabe uma reflexão: o uso de uma IA substituindo um trabalhador já não seria uma agressão ou um transtorno sério?

Outros autores como Arthur Clarke, autor da série Odisseia no Espaço que deu origem ao filme de Stanley Kubrick “2001: uma odisseia no espaço”, considerado um filme clássico de ficção científica, já colocou as possibilidades do comando exercido por uma máquina. No filme aparece o HAL9000 um robô (personagem) que tem vontade própria e que exerce um certo controle sobre tudo que ocorre na nave Discovery e que, durante a trama, descobre que outros personagens estão planejando sua desativação, estando como o principal vilão da história narrada no filme.

Ao vermos o desenvolvimento de IA’s que realizam tantas tarefas com muita perfeição (basta abrir qualquer rede social que logo você se depara com alguém ensinando o uso de uma nova IA para o desenvolvimento de tarefas diversas como construção de sites, construção de apresentações, formulações de desenhos com base em descrições, construção de textos etc.), a sensação que toma conta é a de que isso pode se virar contra os humanos a qualquer momento. Na minha opinião, assim como as atitudes que tomamos são inesperadas, o desenvolvimento de sistemas heurísticos pode resultar exatamente no mesmo: no inesperado.

Torço que o desenvolvimento de IA’s promova sempre a melhoria da qualidade de vida humana, sem desobedecer aos princípios estabelecidos pelas leis de Asimov.

Boa semana para todos e todas!

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