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Curtas & Rápidas em Ciência (#5)

DOENÇAS INFECCIOSAS

Desvendando a síndrome congênita do ZIKV

Mulheres grávidas infectadas com o vírus Zika (ZIKV) podem transmitir verticalmente o vírus aos seus fetos, e isso tem sido associado à síndrome congênita do ZIKV (CZS). Compreender como a infecção pelo ZIKV afeta o desenvolvimento pré-natal e neonatal é fundamental para a saúde humana. Dois trabalhos recentes usaram modelos de macacos cynomolgus e rhesus, para entender como a infecção materna pelo ZIKV influencia o desenvolvimento fetal. Saron e colaboradores descobriram que a imunidade preexistente ao vírus da dengue, um flavivírus relacionado, piorou a gravidade da SCZ. Moadab e colaboradores descobriram que a infecção materna pelo ZIKV por si só foi suficiente para reduzir o tamanho do bebê e afetar os comportamentos sociais. Juntos, esses estudos esclarecem os impactos da infecção pelo ZIKV no desenvolvimento fetal e no início da vida.

 

EVOLUÇÃO

Pré-história dos neurônios

Os placozoários marinhos de vida livre são considerados os animais mais simples da Terra. Seus corpos se assemelham a um disco e consistem em seis a nove tipos de células. Eles se movem por batimento ciliar, consomem partículas de alimentos por engolfamento e se reproduzem por fissão. No entanto, um trabalho demosntrou que essas criaturas minúsculas e despretensiosas podem guardar o segredo da evolução dos complexos sistemas nervosos dos animais superiores. Os placozoários não possuem neurônios; em vez disso, o comportamento coletivo de suas células é controlado por neuropeptídeos secretados por células peptidérgicas. A investigação detalhada destas células revelou uma diversidade inesperada em tipos de células e especificidades funcionais. Mais surpreendentemente, estas células expressaram muitos dos genes encontrados nos sistemas nervosos evoluídos e diferenciam-se das células estaminais através de uma via que se assemelha à neurogênese em animais superiores.

 

SAÚDE REPRODUTIVA

Gravidez e segurança no emprego

A perda da gravidez é um problema de saúde pública raramente discutido que afeta a saúde e o bem-estar das mulheres e dos seus parceiros. Ao nível da população, os fatores de stress psicossociais, como as crises econômicas ou as catástrofes naturais, podem aumentar os riscos de resultados adversos na gravidez. Contudo, a nível individual, o stress causado pelo desemprego também pode aumentar o risco de uma mulher ter um nati-morto ou um aborto espontâneo. Utilizando dados longitudinais e representativos de 40.000 agregados familiares no Reino Unido, pesquisadores examinaram os riscos da perda de emprego devido aos resultados da gravidez. Eles descobriram que as perdas involuntárias de emprego da mulher grávida ou do seu parceiro aumentavam as probabilidades de perdas de gravidez, ao passo que as interrupções de trabalho não involuntárias esperadas não aumentavam.

Com informações da Science*

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