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Hidrogênio verde: a nova galinha dos ovos de ouro

Já tem uns dias que o Governo do Piauí fala em atrair investimentos para produção do hidrogênio verde, como um combustível que pode substituir combustíveis à base de Carbono e que são considerados os grandes vilões ambientais do mundo moderno. Para esclarecer um pouco sobre o tema, resolvi fazer algumas pesquisas e trazer ao Ciência Viva algumas informações sobre o tema. Para facilitar, escrevi o texto no formato de respostas a algumas perguntas.

1) Por que o Hidrogênio Verde é um combustível considerado limpo?

O hidrogênio é o mais simples dos átomos presentes na natureza. Consegue acumular energia na sua forma mais simples (H2) e é chamado de “verde” porque é produzido com energias renováveis. O componente básico da fabricação do Hidrogênio é a água. Submete-se a água (H2O) a um processo de eletrólise, separando o Hidrogênio do Oxigênio. Se a energia usada vier de uma fonte renovável (eólica ou fotovoltaica), o hidrogênio pode ser chamado de Verde.

2) O Piauí tem potencial para produzir Hidrogênio Verde?

Se as duas coisas que são usadas para produzir o Hidrogênio Verde no Piauí tem em abundância (água e energia renovável), então tem-se aqui toda a condição de realização dos processos necessários. As experiências exitosas de produção de Hidrogênio Verde no Brasil têm ocorrido prioritariamente no Nordeste, exatamente em função da matriz energética da região está baseada nas fontes eólica e fotovoltaica.

3) Qual a principal dificuldade no uso do Hidrogênio Verde como combustível?

O fato de o hidrogênio ser um gás é um fator de dificuldade. Dados publicados pela revista Science da semana passada apontam exatamente este como o principal problema para o uso do Hidrogênio. Em matéria sobre o lado dos possíveis prejuízos que compostos não carbonados pudessem causar ao clima, como o hidrogênio e o amoníaco, entre outras coisas (atribuídas em maior parte ao uso do amoníaco), a matéria traz a possibilidade do hidrogênio, escapando para atmosfera, reagir com compostos à base de carbono e ampliar os níveis de metano (CH4) e outros gases do efeito estufa na atmosfera.

Seria um grande ganho para a economia do estado, se o Piauí virasse referência na produção de hidrogênio verde. As dificuldades são muito menores do que as vantagens. Resta saber se o governo vai conseguir atrair investidores para apostarem na produção desta forma de energia que é vista como uma grande alternativa para minimizar os efeitos das mudanças climáticas e de outras mazelas provocadas pelos poluentes à base de carbono. Os governos das potências econômicas mundiais têm feito reservas financeiras para financiar na pesquisa e no desenvolvimento de plantas energéticas que envolvam o Hidrogênio Verde como o combustível do momento.

Vamos torcer para as coisas virarem a nosso favor!

Boa semana para todos e todas!!!

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