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Genética explica comportamento amável do “melhor amigo do homem”

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Os amantes de tirinhas já devem ter visto o desprezo com o qual o gato Garfield trata Odie, o cãozinho com quem convive, na companhia de seu dono, o cartunista Jon Arbuckle. Para Garfield, os cães são “bobos”, especialmente porque se derretem para os donos ou fazem coisas que parecem pouco inteligentes. Na realidade a tradução da opinião de Garfield é o que os cientistas chamam de comportamento amigável dos cães, e que os faz “melhores amigos do homem”.

Cientistas do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade de Princeton (EUA) analisando a região genômica 5mb do Cromossomo 6 acabaram de descobrir que os cães apresentam variações gênicas que os tornam mais sociáveis (os genes GTF2I e GTF2IRD1), o que não acontece, por exemplo, com os lobos, seus parentes próximos (lobos e cães são espécies da família dos Canídeos). Esta pesquisa é uma sequência de outra iniciada em 2014 onde os mesmos pesquisadores descobriram a presença do gene WBSCR17 que também se relaciona ao comportamento e é diferente quando comparado à mesma sequência nos lobos.

O mais interessante é que estas mesmas sequências gênicas (GTF2I e GTF2IRD1) apresentam-se similares a sequências humanas encontradas nos portadores da Síndrome de Willians-Beuren (SWB). Portadores desta Síndrome apresentam além de um quadro de debilidade mental, traços comuns na face, entre outras característica, possuem um comportamento expansivo, considerado hipersocial. Há, portanto, uma grande coincidência: cães apresentam sequências similares aos humanos que apresentam comportamento mais afável.

No experimento comprobatório para checagem do comportamento, cães adultos de diferentes raças e lobos que possuem convívio com humanos (domesticados) foram submetidos a teste quebra-cabeças onde teriam que abrir uma caixa e pegar um pedaço de salsicha em três situações distintas: a) na presença de humanos conhecidos; b) na presença de humanos desconhecidos e; c) sem a presença de humanos. O resultado foi que os lobos não se importaram com a presença dos humanos e foram direto atrás do petisco. Os cães demoraram muito mais tempo, o que significa, na visão dos pesquisadores, que o cão gastou certo tempo dando atenção aos humanos presentes durante o teste.

Os cientistas concluem que ao contrário do que prega a hipótese de domesticação dos cães com base na cognição social humana (os cães teriam aprendido a ter um comportamento dócil), estes animais na verdade ganharam sequências gênicas que explicam seu comportamento afável com os humanos.

De qualquer forma os cães são animais realmente admiráveis. Que o digam exemplos como do cão que inspirou o filme “Sempre ao seu lado” (se quiser relembrar clique neste link: https://www.youtube.com/watch?v=9ih5XKzD0WM). 

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