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Cientista piauiense participa da criação de nanorobôs

  • Pablo_Damasceno3.jpg Pablo Damasceno
  • Nanorobô.jpg Pablo Damasceno

A tecnologia está avançando a passos largos para tentar contornar problemas que afetam a humanidade. Está em curso uma pesquisa que visa a construção de nanorobôs para o tratamento do câncer e outras aplicações. E o que seria um nanorobô?

Primeiro é importante esclarecer o que é um nanômetro. Nanômetro é o equivalente a um bilionésimo do metro, no sistema métrico decimal. Ao se deparar com a expressão NANO entenda que se trata de uma fração muito pequena (1 / 1.000.000.000). Então quando ouvir a expressão “nanotecnologia” estamos tratando de algo muito pequeno. Um nanorobô seria capaz de corrigir falhas no nível molecular, dado o seu tamanho.

Como é possível construir os nanorobôs? É a pergunta que surge de imediato quando se tem noção do tamanho de algo “nano”. Eu conversei com Pablo Damasceno, cientista piauiense, hoje em um Pós-Doutorado no Departamento de Farmacologia Molecular e Celular da Universidade da Califórnia em San Francisco (UCSF) nos Estados Unidos. Ele me explicou que seu projeto, orientado pelo Dr. Shawn Douglas visa a construção de robôs construídos a partir de moléculas conhecidas como o DNA, por exemplo.

“Hoje é possível encomendarmos moléculas de DNA com sequências planejadas, possibilitando a construção artificial de estruturas moleculares complexas. Uma das habilidades desses “nano-robôs” é a de distinguir células cancerígenas de células saudáveis, um passo fundamental para a diminuição dos efeitos colaterais em tratamentos modernos de câncer”, me explicou Pablo por e-mail.

Se a técnica desenvolvida pela equipe da qual faz parte Pablo Damasceno alcançar os objetivos planejados, dentro em breve estarão disponíveis no mercado novas ferramentas para o combate de diferentes tipos de câncer, além de outras aplicações como a organização de nanopartículas que compõem materiais diversificados alterando sua organização molecular. A técnica permite a criação de nanoferramentas usando moléculas de estrutura conhecida, como o DNA.

O piauiense Pablo Damasceno é graduado em Física pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), fez doutorado em Física Aplicada pela Universidade de Michigan (EUA) e hoje cumpre estágio Pós-Doutoral na Universidade da Califórnia em San Francisco (EUA).

Pablo é mais um piauiense a serviço da humanidade.

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