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Tese de Doutorado: você apresenta e dança... Dança?!?

Uma banca de doutorado não é uma coisa fácil de enfrentar. Para quem não conhece a rotina eu explico: quando um estudante se candidata a fazer um Doutorado ele precisa desenvolver uma pesquisa inédita sobre o tema que resolveu estudar. Ao concluir passa a escrever sua Tese sobre o assunto. A tese, obrigatoriamente, é um trabalho inédito sobre aquele assunto, construída em cima dos dados obtidos com a pesquisa. Muitas vezes, estabelece-se neste interim uma relação de amor e ódio com o Orientador.

Orientador é um pesquisador, vinculado ao Programa de Pós-Graduação onde o aluno está matriculado (seja Mestrado ou Doutorado), que será uma espécie de mentor intelectual do trabalho. A relação de amor e ódio vem do relacionamento em si entre o pesquisador e seu orientador, muitas vezes vinculado ao perfil do próprio orientador e, principalmente, da combinação com o perfil do próprio aluno. Ao concluir o trabalho, este deve ser apresentado a uma banca formada por especialistas na área do estudo. E aí começa uma das fases mais tensas de uma pós-graduação Stricto Sensu (como se chama, de forma genérica, cursos de Mestrado e Doutorado).

A defesa da tese é uma espécie de Tudo ou Nada. De repente, tudo o que você fez nos últimos dois anos (no caso do Mestrado) ou nos últimos quatro anos (no caso do Doutorado) está ali prestes a passar por uma prova de fogo. Chama-se defesa porque, literalmente, você terá que defender o seu trabalho, ante aquela banca formada por pesquisadores que vão buscar os possíveis defeitos do seu trabalho. Tudo, absolutamente, tenso!

Mas e se, de repente, você tivesse que explicar sua tese dançando? Dançando? Como assim?

A pesquisadora pernambucana Natália Oliveira, autora da tese “Desenvolvimento de Biossensores para Ciências Forenses” foi além da “simples” defesa de sua tese. Inscreveu sua tese no Concurso Dance your PhD (em tradução livre, Dance seu Doutorado) da Revista Science e venceu, na categoria Voto Popular, este concurso inédito, na versão 2017. Natália ousou explicar sua tese dançando em um clipe que foi enviado para o concurso e recebeu 78% dos votos, tendo sido a vencedora.

O desafio de Natália foi além do próprio Doutorado: numa missão inédita para ciência brasileira era conseguiu um feito inédito na tarefa de divulgar a pesquisa e seus resultados práticos. Para executar o vídeo Natália Oliveira contou com a ajuda do Grupo de Dança Vogue 4 Recife, que encenou sua tese em clipe interessantíssimo. Confira: 

 

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