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Invenção de pesquisadores piauienses pode ser solução para poluição do Rio Poti

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Todo mundo que tem algum tipo de sensibilidade com a questão ambiental já deve ter lamentado o quanto nossos rios Parnaíba e Poti estão degradados.

O Rio Parnaíba sofre muito com o assoreamento. Seu leito está lotado de bancos de areia que são resultado do descuido do homem que degrada a vegetação da sua margem e aí processos naturais, na maioria das vezes, completam o serviço levando as margens a desbarrancarem e tornando o rio largo e raso.

Já o Rio Poti dá sinais evidentes da sua poluição revelada pelo excesso de macrófitas (plantas) aquáticas, dentre elas os aguapés, que tornam o leito do rio verde, denunciando um descuido do homem em relação ao lançamento de poluentes, especialmente esgotos domésticos, resultado de falta de política de saneamento básico na Capital do Piauí. Trata-se de um problema histórico e que demanda solução de longo prazo, como a retirada de décadas de atraso sem a construção de um sistema de captação e tratamento de esgotos para mais de 80% da cidade. Mas a ciência pode ajudar pelo menos a tratar melhor parte dos poluentes que chegam ao rio.

Ontem (16.12), numa das praças do Shopping da Cidade, realizou-se um evento promovido pela Superintendência de Ciência e Tecnologia do Estado - “A Ciência vai ao Shopping”. Dentre os expositores chamou minha atenção o trabalho dos pesquisadores da UFPI, Dr. Francisco Figueiredo e Dr. José Ribeiro. Dentre os produtos que eles apresentaram na feira estava um revolucionário mecanismo de tratamento químico para separar poluentes da água.

Conversei um pouco com eles e fiquei surpreso com a eficiência do produto que tem a capacidade de despoluir completamente a água de quaisquer tipos de poluentes. Testes feitos com poluentes diversos como petróleo, óleo, saponáceos, chorume (resíduos líquidos provenientes da poluição) demonstraram a eficiência do produto na separação da poluição em relação de qualquer tipo de água para favorecer o reuso.

De acordo com o Prof. Figueiredo o processo utiliza propriedades das substâncias poluidoras como aliadas para limpeza da água. O produto que tem o nome comercial de Stopfloc já está sendo reconhecido como um meio eficiente para tratamento de esgotos domésticos e industriais. Os professores fecharam contrato com uma das maiores indústrias de eletrodomésticos da chamada linha branca, a Esmaltec, com sede na cidade de Fortaleza (CE). A invenção dos professores da UFPI chamou a atenção do Prefeito Firmino Filho que visitou os stands do evento.

O Stopfloc poderia ser testado como um novo mecanismo para tratar esgotos. Uma dica boa para a companhia que assumiu o controle do nosso sistema de captação e tratamento de efluentes que precisa avançar muito.