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Cientistas desenvolvem plástico feito de farinha de mandioca

Cientistas brasileiros desenvolveram, usando o amido de mandioca (polvilho) como matéria-prima, materiais "plásticos" biodegradáveis para que possam substituir pelo menos parte dos derivados de petróleo. Esse é o trabalho de pesquisadores do Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE) da Universidade Estadual Paulista - UNESP, em Rio Preto - SP. Os principais benefícios são baixo custo, abundância da matéria-prima e renovabilidade.

O professor Francisco Lopes, da Unesp de Rio Preto, explica que as embalagens plásticas são uma das alternativas para promover um aumento na vida útil dos produtos alimentícios, no entanto, a maioria dos plásticos utilizados hoje causa danos ao meio ambiente. "A necessidade de reduzir esses danos e oferecer sustentabilidade levou ao desenvolvimento de materiais biodegradáveis que após o uso são prontamente assimilados na natureza sem efeitos danosos".

Dentro dessa premissa entra o amido de mandioca (polvilho), que é abundante no País e uma fonte renovável. As embalagens e envoltórios plásticos biodegradáveis, que se degradam em semanas ou alguns meses, podem substituir o plástico produzido do petróleo, que é altamente poluidor e demora mais de 150 anos para sua degradação. "A novidade é utilizar biomassa na produção de material biodegradável".

O estudo também já é feito por outros pesquisadores há algum tempo, cerca de cinco anos, entretanto, a continuidade das pesquisas é para obter melhorias da performance funcional do material. Os plásticos produzidos têm apresentado boas propriedades de aparência e permeabilidade a gases, mas necessitam de um reforço para aumentar sua resistência. Já existem experiências com plásticos biodegradáveis usando bagaço de cana de açúcar, zeína, retirada do milho e de outras plantas. A ideia é continuar testando materiais que, enriquecidos com compostos inorgânicos como silicatos, por exemplo, ganhem resistência necessária para substituir o filme plástico feito à base de petróleo.

Neste sentido a Natureza agradece.

(Com informações da UNESP).

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