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Maioria dos feminicídios em Teresina tem relação familiar

Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com

Atualizada às 09h50

A Delegada Eugênia Villa destacou em entrevista o perfil da mulher vítima de feminicídio em Teresina. Desde a criação da Lei do Feminicídio, a capital piauiense já registrou 33 casos (do período de 10/03/2015 a 30/04/2020). Desse total, 31 vítimas possuíam vínculo familiar com o autor do crime. A delegada alerta para a importância de denunciar a violência e que as vítimas (ou pessoas próximas) podem pedir ajuda pelo aplicativo Salve Maria. A violência contra a mulher tem aumentado durante o isolamento social devido a pandemia do novo coronavírus. 

“Estudando os 33 casos de Teresina, nós podemos dizer que a sexta-feira foi o dia prevalente dos assassinatos de mulheres, principalmente na noite e madrugada. Fiz esse levantamento, esse recorte da minha tese, e conjuguei com 2019 e 2020”. 

Foto: arquivo Cidadeverde.com

Dos 33 casos de feminicídio, sete ocorreram em uma sexta-feira, sendo que quatro aconteceram durante a madrugada. O principal instrumento usado no crime é a arma branca (no caso, a faca) e o autor da violência possui vínculo familiar com a vítima. 

“Desses 33 casos, 31 são com vínculo familiar”, acrescenta a delegada. “A cor da mulher é parda e, se fosse somar com a preta e a negra, você terá 24 mulheres dessas 33 (vítimas). O feminicídio é negro. A mulher é adulta de 30 a 59 anos”. 

 

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Carlienne Carpaso
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