Crianças da Escola Municipal Raimundo Cearense se reúnem para uma 'brincadeira diferente' nos finais de semana. Na casa de algum familiar, o quarto, que antes era destinado para armazenar os produtos colhidos da roça, agora serve para expor livros, cadernos de escola e lápis de cor através do projeto "Biblioteca Familiar"
A formação destas bibliotecas em nada se parece com as bibliotecas comuns com enormes móveis de madeira, lustrados com grandes volumes literários.
Neste cantinho da leitura, qualquer tábua no canto da parede serve de prateleira e os livros da escola que sobraram do ano passado, as obras que vieram repetidas, livros doados por professores da própria comunidade servem como fontes de pesquisa. E o curioso do projeto é que todo o acervo é socializado, remanejado de uma biblioteca pra outra, de uma família para outra.
De acordo com Elissandra Fontes, coordenadora coordenadora geral do PDE no município,o projeto foi aprovado em 2011 pelo Ministério da Educação, com recursos orçados em R$ 33 mil.
Na comunidade Canto, uma área de assentamento da reforma agrária, as “professoras de faz de conta”, Camila Mendes, 13 anos, e Suzana Karla, 12 anos, lecionam de verdade e entre uma lição e outra, tanto ensinam quanto aprendem.
Para Regina Silva, professora que acompanha o projeto, depois que as crianças começaram a participar desses grupos de estudos, a melhora foi significativa na escola, tanto que planejam em ampliar a quantidade de famílias onde serão implantadas as bibliotecas.
Com informações clicaesperantina
