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Tratamento de reabilitação proporciona qualidade de vida às pessoas com deficiência

O último censo de 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constata que no Piauí mais de 850 mil pessoas têm algum tipo de deficiência, sendo que cerca de 230 mil apresentam algum tipo de deficiência física e/ou motora.


Michele Costa, 34 anos, sofreu um grave acidente de trânsito, que a deixou sem movimento dos membros inferiores e superiores. “Quando fui prestar socorro a uma vítima de acidente, na estrada, há um ano, um motorista embriagado nos atingiu, éramos eu e um grupo de mais cinco pessoas. Cheguei no Ceir depois da lesão e só mexia os olhos, às vezes eu não consigo acreditar na grande evolução que tive e estou tendo”, lembra Michele.

Após a recuperação das cirurgias, ela foi encaminhada para iniciar o tratamento de reabilitação no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). Após onze meses nas sessões de fisioterapia, terapia ocupacional, arteterapia e hidroginástica, Michele já consegue dar os primeiros passos e voltou a realizar atividades da vida diária que depois do acidente pareciam ser impossíveis, como atender ao telefone e pentear os cabelos. Michele comemora cada pequeno novo movimento como a mais nova grande conquista de sua vida.

Além do Ceir oferecer tratamentos multi-terapêuticos nas áreas de reabilitação, também possui um parque industrial da Oficina Ortopédica que produz próteses, órteses, coletes, sapatos ortopédicos, dentre outros meios auxiliares de locomoção, todos disponíveis através de convênio com o SUS, ou seja, gratuito para a população.

O Ceir é o coração da Rede Estadual de Reabilitação, que hoje atende mais de 40 regiões do Piauí e é um projeto do Governo do Estado do Piauí com apoio do Governo Federal, mas é gerenciado por uma organização social sem fins lucrativos, a Associação Reabilitar. Nele, o tratamento de reabilitação física é completo. Não é à toa que o Centro, hoje, é referência nacional e considerado modelo pelo Ministério da Saúde.


Antônio Gomes sabe bem o que isso significa. Ele não tinha nenhuma deficiência física até os 21 anos de idade. Foi quando apresentou uma doença no sangue, que acarretou a amputação dos membros inferiores e superiores. Ele é natural de Esperantina, cidade localizada a 196 quilômetros de Teresina e foi orientado pela Secretaria da Saúde do seu município a procurar os serviços de reabilitação física oferecidos pelo Ceir.

No Ceir, ele recebe tratamento de reabilitação e recebeu próteses produzidas na oficina ortopédica sob medida para ele. Os equipamentos representam a reconquista de sua independência. “É incrível voltar a caminhar. Parece que minha vida deu um giro de 360º graus e eu posso voltar a fazer muitas das coisas que por muito tempo não pude fazer”, comemora.

Da Editoria de Cidades
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