Duas pessoas foram detidas em Esperantina, a 174 km de Teresina, acusadas de vender ilegalmente veneno para rato. A prisão ocorreu nesta quarta-feira (22), a pedido do representante do Ministério Público, promotor Sergio Reis Coelho, após um caso registrado nesta semana, em que uma mulher tentou matar o companheiro com "chumbinho" na comida.
O promotor explica que os funcionários suspeitos de comercializar o produto ilegal foram identificados através do depoimento da vítima que confessou ter envenenado o marido e o local onde teria adquirido a substância, proibida pela Anvisa.
"Ela teria comprado a substância por R$ 7 e a venda ilegal é muito comum na região, principalmente em comércios. Nesta empresa de rações foram encontrados além do chumbinho, o veneno conhecido como mil gatos que também foi apreendido e os culpados serão responsabilizados", explica Reis.
Ainda segundo o promotor, o caso levou o Ministério Público a investigar a comercialização das substâncias em outros municípios da região, como o município de Morro do Chapéu, a 192 km de Teresina.
O advogado José Danilo Guimarães Rocha, que atua na defesa dos funcionários, alega que a empresa tinha conhecimento da proibição e que não comercializa o produto há muito tempo.
“Eles são inocentes e nunca tinham visto esta mulher antes. Simplesmente, ela disse que queria uma pequena quantidade de veneno para matar alguns ratos em sua residência, foi isso que aconteceu. O material encontrado na empresa é usado apenas para matar os ratos existentes em alguns depósitos de rações”, alega o advogado.
Graciane Sousa