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Painel "Calvário de Cristo" em igreja provoca polêmica e pode ser retirado

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Um painel gigante pintando na igreja matriz de Esperantina (a 174 km de Teresina) está gerando discórdia na cidade. O quadro em questão, batizado de “Calvário de Cristo” foi pintado há mais de 30 anos pelo artista João Batista Bezerra da Cruz. O painel mostra Jesus Cristo crucificado ao lado de manifestantes, sem tetos e denuncia as mazelas sociais. 

Fotos: José Luis (jornalesp.com)

A obra foi pintada na gestão do padre Ladislau João da Silva em 1983 e fica no altar da igreja. Para o atual pároco de Esperantina, Evandro Alves da Silva, o quadro só trouxe “discórdia entre fiéis” e por isso está discutindo a possibilidade de retirá-lo do altar.

Padre Ladislau informou que o painel foi construído após consulta popular e a polêmica se deve a visão distorcida da espiritualidade. Segundo ele, a obra foi baseada no documento de Puebla e ao evangelho de São Mateus. 

“O obra é uma referência na região e existe até em catálogos internacionais. É com base no documento de Puebla que diz que a face de Cristo se expressa nos rostos de crianças golpeada pela fome, no rosto das mulheres vítimas do machismo, no rosto dos trabalhadores sem terra e outras mazelas”, afirmou Ladislau.

Na defesa da obra, Ladislau argumenta ainda: “Não tirei de minha cabeça. É o retrato do calcário do povo de Deus. Não se pode simplesmente destruí-la. É um mosaico do que o povo pensa e um momento bastante atual. O que existe é que tem pessoas com visão distorcida da espiritualidade libertadora”.

Ladislau ressaltou que o painel também se baseia no livro do Êxodo capitulo 3, versículo de 7 a 10. 

Iphan elabora parecer técnico

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) já entrou na discussão e enviou um técnico ao município para coletar informações que serão usadas na elaboração de um parecer técnico sobre o caso. O envio se deu em resposta a um ofício recebido pelo Ministério da Cultura em Brasília, enviado pela Associação dos Amigos de Esperantina, sediada Alemanha. Além do ofício, um abaixo assinado de moradores de Esperantina também reforça a permanência do mural.

Elane Coutinho, chefe da divisão técnica do Iphan em Teresina acrescentou que o instituto só deverá se pronunciar detalhadamente após a conclusão do parecer. "Recebemos as notificações pedindo a preservação do mural e enviamos um técnico até lá. Agora estamos elaborando o parecer técnico que deve ser concluído em breve", informou a chefe.

 

Flash Yala Sena e Rayldo Pereira
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