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Agentes abortam tentativas de rebelião e flagram buraco em cela

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Duas tentativas de rebelião e uma tentativa de fuga foram abortadas só esta semana por agentes penitenciários do Piauí. Na manhã desta segunda-feira (21) o clima de tensão tomou conta da penitenciária e Esperantina quando os agentes realizaram uma vistroria surpresa e flagraram dezenas de armas produzidas com vergalhões de ferro, cachimbos para uso de drogas e até um buraco dentro da cela 2 do pavilhão C. De acordo com Kleiton Holanda, vice-presidente do Sinpoljuspi a vistoria foi feita após a invormação de que os presos estariam planejando um motim.

"Lá nós temos uma série de problemáticas, entre elas, a questão da superlotação. Os agentes daquela unidade vendo essas questões, resolveram fazer uma vistoria surpresa e se depararam com uma situação caótica, já que lá obtiveram informações de que os presos estariam planejando rebelião ou fuga, sendo assim iniciaram a vistoria que flagrou o buraco e as armas. Presos de 22 celas do pavilhão tiveram que ser transferidos e o sindicato alerta para uma rebelião no local que pode ser provocada por brigas de facções dentro da unidade", explicou Kleiton.

Em Esperantina o presídio tem capacidade para 144 presos e já acumula 275.

Irmão Guido

Já na penitenciária Irmão Guido, em Teresina, os presos articulavam uma rebelião quando os agentes solicitaram reforço da PM para conter os ânimos no local. Ao entrar para fazer a conferência, os presos arremessaram pedaços de concreto contra os agentes. "Eles arrancarram as tampas das fossas sépticas e tiraram o ferro das caixas que são feitas de concreto com uma malha de metal. Fizeram as armas e arremessaram os pedaços de concreto sobre os policiais", explicou o vice-presidente.

Segundo Kleiton, a Polícia demorou cerca de 40 minutos para controlar os detentos e evitar a rebelião, mas segundo Kleiton a situação pe considerada como de "sufoco". "Lá só temos 4 ou 5 servidores por plantão e isso é um sufoco total. Arremessaram pedaços de concreto sobre os policiais. Isos é resultado da superlotação de um local que tem capacidade pra 300 presos e já abriga 420 colocando em risco a vida desses trabalhadores", pontuou Kleiton.

Críticas a gestão

Kleiton Holanda acredita que a "situação caótica" em que se encontra o sistema penitenciário no Piauí se deve a má gestão do atual secretário de Justiça Daniel Oliveira. O vice-presidente do Sinpoljuspi afirma que o secretário está perdido administrativamente e não consegue cumprir as demandas. "Ele perdeu o foco da administração e não conseguiu mostrar nenhum objetivo de suas ações para minimizar a situação caótica", declarou o vice-presidente.

Entre os apelos feitos pelo sindicato estão aparelhamento dos agentes e viaturas, aceleração de obras para a construção de novas unidades prisionais, armamentos, colete um concurso em regime de urgência para 600 novos agentes. "Os presos já sabem das fragilidades das unidades. O sindicato vem reclaando e chama a atenção de que o setor de inteligência da Sejus não está correspondendo ao papel de prevenir ações nos presídios", completou.

Rayldo Pereira
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