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Áudio de PM revela tensão em assalto no aeroporto: "era recuar ou morrer"

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O áudio de um dos policiais militares que participou do confronto com bandidos durante invasão ao aeroporto de Cangapara, em Floriano, mostra a organização da quadrilha que, inclusive, foi ao local no dia anterior para instalar bananas de dinamite. Na ação criminosa, dois malotes de dinheiro foram roubados e um policial militar, que fazia a escolta do avião, baleado.

"Eles foram ao aeroporto um dia antes, cavaram um buraco e 'plantaram' dinamites em um pé de jatobá onde a gente estava parado. Se a gente tivesse ficado lá, tinha dado perfeito o plano deles. A bomba estorou...a bomba que era para explodir a viatura, com nós e tudo. Aí quem escapasse, os caras viriam no caminhão e metralhavam. Graças a Deus saímos com vida, por muita sorte", relatou o policial.

O PM conta ainda que conseguiu visualizar os bandidos e que antes do tiroteio, um caminhão com parte do bando chegou ao local e esperou o pouso da aeronave.

"Nunca imaginei passar por uma coisa daquelas...A gente sempre faz a escolta da Prossegur. Ia chegar esse carregamento de dinheiro, marrcado para 10h45. Às 10h30, estávamos lá. Às 10h33, passa um caminhão vermelho pela gente na BR, só que não desconfiamos. Eu olhei no olho do motorista, bem pertim, coisa de 10 metros. Acho que ele imaginou: tá morto, maguim, daqui a pouco a gente te mata. Quando o avião pousa, o caminhão volta e surge um carro branco e foi bala", detalha. 

Pelo áudio é possível perceber a superioridade dos bandidos em relação ao número de homens, bem como o tipo de armamento utilizados na ação. O confronto durou mais de 15 minutos.  Os bandidos se dividiram em grupos e após intensa troca de tiros, os PMs tiveram que recuar. 

"A superioridade deles era gritante...o jeito foi a gente recuar. Era recuar ou morrer...e o fogo 'comendo'. A nossa munição pouca em relação a dele e a quantidade de homens. Em cima do caminhão tinha uns oito caras, mais cinco no carro branco e mais uma turma que vinha em uma pick up. Era na faixa de 15 a 20 homens. Não tinha fim. Além da munição...era demais. Armas de grosso calibre, A.K.47, 7.6.2, 5.5..6 e tinha uma arma .50 ou uma .5 ou um M16 ", disse o militar. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, ressalta que o Governo tem investido na Segurança e que o desfecho do assalto mostra que os policiais estavam preparados para o confronto, que ocorreu na manhã da última terça-feira (29). 

"Como policiais, temos que correr esse tipo de adversidade. As ações recentes em Floriano, Uruçuí e Curimatá mostram que a polícia está preparada e tem poder de reação. Neste caso do aeroporto, o bando conseguiu levar apenas dois malotes de dinheiro de um total de 12. A polícia impediu o assalto", disse o comandante. 

O caso está sendo investigado pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Carlos Augusto afirma que a quadrilha tinha informações privilegiadas, provavelmente, de dentro da empresa responsável pelo transporte de valores. 

Até o momento, ninguém foi preso. 

 

Graciane Sousa
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