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Criança de nove anos pode ter morrido de catapora em Teresina

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Uma criança de nove anos morreu de catapora na noite da última quinta-feira (19), em Teresina. Por conta disso, nesta sexta-feira, a escola particular onde a criança estudava suspendeu as aulas da turma da 4ª série.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) afirmou que até o momento não foi notificada do caso, mas comunicou que irá investigar a situação.

Caso raro

O médico infectologista, Pedro Leopoldino, explicou que uma morte por catapora é rara, mas pode ocorrer, quando a doença se torna hemorrágica. "O percentual é muito baixo, é o mesmo vírus, mas ao entrar no organismo a vesícula se torna sangue, em vez do aparecimento dos caroços comuns e é muito rápido cerca de quatro ou cinco horas para o quadro se agravar", destacou. 


Ele disse ainda que normalmente a doença é mais perigosa em adultos que perdem a defesa com o passar do tempo. "Nas crianças, por conta de receberem antticorpos ainda das mães são mais comuns e menos graves. À medida que vai crescendo, essa defesa vai reduzindo", esclareceu. 

Existe vacina, mas tem um alto custo, já que os casos hemorrágicos são muito raros. 

A doença

A catapora se manifesta com maior frequência em criança e na maioria das vezes apresenta-se de forma benigna. O principal sintoma da doença é o surgimento de pequenas feridas de cor avermelhada e número variável.

A transmissão se dá por meio de gotículas ou secreções nasais, contendo o vírus, mesmo que os sintomas ainda não tenham surgido. Além disso, a secreção das feridas também é contaminante, até mesmo quando já formaram as “casquinhas”. Há, também, a possibilidade de transmissão de mãe para filho, durante a gestação.

Pelo alto grau de transmissibilidade, é importante que os pacientes permaneçam em casa, de repouso, por pelo menos uma semana, para evitar que outras pessoas sejam afetadas.

Pessoas que já contraíram esse vírus se tornam imunes a essa doença. Entretanto, por permanecer, de forma latente, no organismo, o H. varicellae pode provocar a manifestação da herpes-zóster.



Caroline Oliveira e Jordana Cury
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