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Ferroviários acatam decisão judicial e liberam trilhos, mas mantêm greve

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Atualizada às 18h41min

Na tarde deste domingo (22), a Polícia Militar foi acionada para retirar cerca de 50 manifestantes na linha férrea da zona Sudeste de Teresina. Contrários a demissões de colegas e em busca de reajuste salarial, eles protestam desde quinta-feira (19) fechando o trecho para a passagem de trens.

Por volta de 17h, os ferroviários cumpriram a decisão judicial e liberaram a passagem de trens. O presidente do Sindicato dos Ferroviários, Claudionor Ferreira de Sousa, informou ao Cidadeverde.com que negociou com a categoria e policiais para que os ânimos não fossem acirrados. 

Yala Sena/Arquivo Cidadeverde.com

Mesmo com a liberação da via, categoria continua em greve. Segundo Claudionor de Sousa, os ferroviários vão aguardar que a Justiça do Trabalho julgue o dissídio de greve para que seja determinado o percentual de efetivo a trabalhar durante o movimento.

Neste domingo, um trem foi impedido de descarregar no terminal de petróleo. Uma decisão da Justiça autorizava o uso de força policial para liberar a via.

Ontem, os manifestantes liberaram a passagem de 30 vagões com combustível, que devem garantir o abastecimento de veículos nos próximos dias em Teresina. 

Os grevistas querem reajuste linear de 15% e a reintegração de 12 funcionários demitidos pela Transnordestina. Representantes da empresa negociam com os grevistas no local.

Sobre a greve, a Transnordestina divulgou a seguinte nota:

NOTA À IMPRENSA 
 
"Desde a última quinta-feira (dia 19) o sindicato dos ferroviários do Piauí deflagrou uma greve descabida, desproporcional e sem embasamento legal. A Trasnordestina Logística (TLSA), empresa concessionária da ferrovia Transnordestina, ingressou de maneira preventiva com medida judicial, que foi acatada pela Justiça Federal, com o objetivo de garantir a manutenção do patrimônio e preservar a segurança operacional e da comunidade, possibilitando a circulação dos trens para transporte de cargas, dentre elas a de combustíveis.
 
Os ferroviários não aderiram à greve, que conta com a participação somente de dirigentes sindicais, que tentam impedir a circulação de trens em 3 estados: CE, PI e MA.

A decisão judicial foi descumprida pelo sindicato, através do seu Presidente, obrigando novamente a TLSA a procurar a Justiça, bem como as polícias federal e militar.

A Justiça concedeu novamente decisão favorável à TLSA no último sábado, obrigando a imediata desobstrução das linhas e determinando que 100% dos trens voltassem a circular. O ofício foi despachado para as polícias federal e militar.
 
Mais uma vez, o sindicato se posicionou em desobediência às decisões da Justiça e descumpriu a  ordem, impedindo a circulação dos trens, com a gravidade de utilizar mulheres e crianças como "escudos humanos" a fim de impedir o que já foi determinado pela Justiça.
 
A TLSA repudia veementemente esses atos de desobediência e de vandalismo, que colocam em risco a integridade da comunidade e de terceiros. A empresa está tomando todas as medidas legais  e ainda ingressará com medidas nos âmbitos criminal e cível pelos abusos cometidos e danos causados. Estes atos não correspondem ao verdadeiro espírito ferroviário e prejudicam todo o setor.
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