A Procuradoria do Trabalho está intermediando as discussões entre os ferroviários em greve e a empresa Transnordestina. Na manhã desta sexta-feira (27), haverá reunião entre as partes e o órgão para tentar "acalmar os ânimos" e garantir o abastecimento de combustíveis em Teresina.

De acordo com o procurador Edno Moura, os grevistas não podem impedir o acesso de trens às linhas ferroviárias. "A consequência para o sindicato será uma multa que está prevista em R$ 30 mil, mas os trabalhadores não poderão ser demitidos, porque o emprego dessas pessoas está assegurado pela situação de greve", explicou o procurador. 

Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 15%, recontratação de trabalhadores demitidos e melhorias nas condições de trabalho. Durante o movimento grevista, os sindicalistas alegaram que estão impedindo a entrada de trens porque a Transnordestina não permite que eles entrem na sede da empresa e controlem o número de grevistas que só podem ser de até 70%.

"Eles não podem ser impedidos de entrar na empresa, mas nesse caso, há um receio de depredação de partrimônio. Então, é necessário o bom senso de ambas as partes, para que possam conviver bem até a audiência no Tribunal do Trabalho, que é na segunda-feira", destacou o procurador.

Em nota, a Transnordestina esclareceu que não considera necessário o controle por parte dos grevistas, uma vez que de 100 trabalhadores, apenas 14 estão em greve e todos são integrantes do sindicato.