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Clube contesta MP e diz que não tem "escravos" em obra

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A direção do Clube das Classes Produtoras enviou nota à imprensa onde responde a acusação feita pelo Ministério Público do Trabalho de que 22 trabalhadores foram resgatados na obra de construção do clube pois estariam em situação de escravidão. 

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O presidente do clube, Cesarino Oliveira, afirmou que foi contratada uma construtora para realização dos serviços e que, quando da inspeção feita pelos auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, foram apontadas algumas irregularidades na execução da obra. Para os fiscais, as irregularidades poderia configurar condição análoga ao escravo.


Na nota, Cesarino diz que segundo relatos dos funcionários da construtora e do próprio clube que se encontravam no local da obra no dia da fiscalização, os fiscais da SRTE e membros do Ministério Público do Trabalho, "além de não verificarem os reais trabalhadores que permaneciam no local da obra, não verificaram todos os espaços coletivos destinados à acomodação dos trabalhadores, restringindo-se, apenas, a olhar o local onde os trabalhadores se encontravam no momento da inspeção, não se preocupando  em conferir em outros locais os banheiros, bebedouros e locais para repouso existentes na sede do clube".

“A área do clube é muito grande. Lá existem vários vestiários com banheiros, bebedouros, espaços e salas diversas que, inclusive estão sendo utilizadas semanalmente por convidados e sócios que participam dos jogos de futebol  semanalmente realizados nos campos de futebol do clube”, informou Cesarino.

Ele acrescenta que, após o auto de infração e o pagamento pela Construtora das obrigações relativas às verbas trabalhistas, foi tentado um acordo com o Ministério Público do Trabalho e que este não prosperou por discordâncias no valor proposto para indenização. Para Cesarino, muito do que está sendo alegado é perfeitamente contestável e justificável.

Cesarino disse entender e respeitar o papel dos auditores fiscais do trabalho e do próprio Ministério Público, mas ressalta que o clube tem o direito de se defender e não concordar com a manifestação do MPT de que existiam condições análogas à de escravidão. 

“Existiam algumas irregularidades, é verdade, mas todas sanáveis e nada que se configurasse tão grave ou que atentasse contra a dignidade dos trabalhadores. No momento oportuno, acredito vamos ter condição de nos defender e esclarecer a verdade dos fatos”, finalizou.

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