O desembargador Francisco Meton Marques de Lima, do Tribunal Regional do Trabalho, explicou hoje (9), em entrevista ao Notícia da Manhã, que o acordo feito entre empresários e profissionais do sistema rodoviário foi "forçado", já que havia "birra" entre as partes. A greve dos motoristas e cobradores durou dois dias. Os trabalhadores aceitaram aumento linear de 10%.

"Havia uma birra de ambos os lados e determinei esse valor porque percebi que havia condição dos empresários pagarem um valor acima do INPC. Era um acordo imperdível", disse.

Após o acordo, a categoria, que estava reunida em frente ao prédio, discutiu e aprovou em assembleia. Os ônibus voltaram a circular normalmente após a meia noite.

O desembargador contou ainda que teve que forçar o acordo. "Forçei o acordo porque se fosse para o Superior Tribunal de Justiça não seria concedido um valor acima do INPC. Eu ainda disse que se o empresariado não aceitasse o valor eu iria liberar a greve e aí iriam parar 100%", declarou.