Cidadeverde.com

Greve: Sinte diz que quer negociar novamente; Átila dará coletiva

Imprimir
Ampliada às 11h24
Os professores das escolas públicas estaduais realizam uma nova assembleia na Praça da Liberdade nesta quinta-feira (10). A iniciativa visa fazer uma avaliação do movimento e espera reunir inclusive aqueles docentes que voltaram a dar aula. Entretanto, a categoria não dá sinais de que a greve está perto de um fim. 

Evelin Santos/CidadeVerde.com
  

Segundo Kassyus Lages, secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte), é preciso que todos os professores se manifestem, inclusive os que retornaram ao trabalho. “Estamos chamando a categoria. Quem voltou está sinalizando que está contente com o fim da regência e o reajuste parcelado, mas o sindicato não vai acabar a greve, que iniciou porque era um anseio da maioria. Eles precisam vir para fazer o contraponto”, pontua.  

Lages afirma que a declaração do governador Wilson Martins de que pode contratar professores temporários é um sinal de que “o governo do Piauí tem dinheiro”. “Se ele vai pagar o professor que ele contratou, o professor que está em greve não vai repor nenhuma aula que foi dada ou descontada. O aluno vai ter aula com um e depois com outro. Será que isso vai resultar num ensino de qualidade?”, questiona. 

Leia também:
Governador Wilson Martins ameaça contratar professores temporários 
"Cedemos ao máximo e estamos no limite", diz secretário sobre greve 
Deputados propõem que verba para obras seja usada no reajuste dos professores 
Robert Rios: "violência cresce porque os jovens estão sem aulas" 
Governador reage e afirma: “pedi paciência para os professores” 
Deputado mostra vídeo e afirma que atropelamento de professora é farsa 

O sindicalista afirma ainda que não é possível confiar no reajuste de 22% parcelado. “Não temos garantia nenhuma e nesse governo está difícil de acreditar porque ele fez isso com a Polícia Militar, Polícia Civil, os agentes penitenciários e não cumpriu”, assegura.  

Posição
Durante a assembleia, a presidente do sindicato, Odeni de Jesus, afirmou que os professores não voltaram às aulas por consequência do governo do Estado. “A culpa pela continuidade da greve é do governo que recebeu mais recursos do MEC e agora tem mais condições de pagar o que a categoria está pedindo. Nós queremos voltar a discutir o retroativo, mesmo que seja para pagar parcelado", declarou.

Leilane Nunes/CidadeVerde.com

A professora também reagiu contra as declarações do secretário Robert Rios, que afirmou que o aumento de homicídios na capital seria um reflexo da falta de aulas para os jovens, que ficariam ociosos. "Quero repudiar a postura desrespeitosa do secretário Robert Rios de chamar os professores de bandidos. Ele sabe onde estão os bandidos e como secretário de Segurança, já deveria tê-los prendido", afirmou.  Ela também cobrou uma retratação pública do Robert Rios por conta da declaração.  

Evelin Santos/CidadeVerde.com 
 

Odeni desmentiu que foi a favor da proposta apresentada pelo governo no último sábado. "Quero desafiar quem disse que a presidente do sindicato aceitou proposta. Eu disse que levaria a proposta para ser votada na assembleia porque quem fecha acordo é a categoria, não a presidente", reiterou. 

Seduc
O secretário estadual de Educação, Átila Lira irá dar uma entrevista coletiva nesta quinta-feira para falar das providências tomadas pela pasta caso a greve continue e caso ela seja encerrada. Entre as medidas previstas estão a contratação de professores temporários. 

Carlos Lustosa Filho
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais