Os professores da Universidade Estadual do Piauí deflagraram greve por tempo indeterminado durante assembleia na manhã desta quarta (23). A instituição possui cerca de 1.400 docentes, sendo 800 efetivos.

A principal reivindicação da categoria é que o governo pague o piso no valor do salário mínimo proposto pelo Dieese, que é de R$ 2.324. Atualmente, um professor 20 horas recebe R$ 1.071.

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Além disso, a categoria ainda reclama as melhorias propostas na campanha SOSUespi, que dizem respeito a infraestrutura precária em todos os campi da instituição.

Segundo a diretoria do Sindicato dos Professores, a última reunião com o governo ocorreu dia 18/05, em que foi apresentada proposta ao secretário de Administração, Paulo Ivan, sem que nenhuma contra-proposta.

A greve dos professores atinge 20 campi e núcleos da Uespi. Ao todo, são 20 mil alunos, distribuídos por todo o Estado.

De acordo com o Francisco Canindé, pró-reitor Administrativo da Uespi, a direção da Universidade está receosa com a greve, já que o semestre letivo está no final e as negociações com o governo estão avançadas.

“O secretário de Administração, Paulo Ivan, se reuniu com os professores e pediu um prazo até o final do mês para que a Secretaria da Fazenda feche quadrimestre e possa ser oferecida uma contra-proposta, já que é praticamente inviável dar esse aumento de acordo com o Dieese como eles propõe. Seria um aumento de 110% e nenhum Estado do Brasil utiliza o Dieese como base. Concordamos com as reivindicações dos professores, mas temos que levar em consideração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, destacou o professor Francisco Canindé.



Leilane Nunes e Caroline Oliveira
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