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Promotora proíbe uso de verba pública para pagar Flamengo

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A promotora Leida Diniz, da 35ª Promotoria de Justiça de Teresina, expediu recomendação para que recursos públicos não sejam usados no pagamento da cota de patrocínio ao Flamengo/RJ por um jogo amistoso, que chegaria a R$ 1 milhão. A partida com a seleção do Piauí está marcada para 19h30 desta quinta-feira (31), no estádio Albertão. 

Thiago Amaral
Promotora Leida Diniz emitiu recomendação

Para a promotora, os recursos devem ser aplicados em áreas de interesse primário, como educação e saúde. “Em um estado em que é grande a carência de recursos para a saúde e a educação, é inadmissível a orientação de recursos públicos em atividades não essenciais, sobretudo quando, no caso do governo do Estado, foi preciso ajuizar ação civil pública para o cumprimento de lei federal que determina o reajuste anual do piso nacional do magistério da educação básica”, argumenta. 

A recomendação é semelhante a que impediu escolas de samba de serem financiadas pela Prefeitura de Teresina. Cada agremiação ganharia R$ 90 mil para arcar com as despesas do desfile de carnaval.

Quanto?
O pagamento de uma cota, que gigaria em torno de R$ 1 milhão, foi o assunto do começo da semana envolvendo o amistoso. Zinho, diretor do Flamengo, disse em entrevista no Rio de Janeiro que a equipe só viajaria se confirmado o depósito do dinheiro. Em Teresina, Cesarino Oliveira, presidente da Federação de Futebol do Piauí, declarou em coletiva que "não existe essa história" de pagar cota. Depois, o mesmo afirmou para a imprensa nacional não estar autorizado a falar sobre valores, mas buscava parcerias para garantir a partida, confirmada pelo diretor de marketing do clube na última terça-feira. Depois disso, não se falou mais em dinheiro.

Como a FFP ainda possui várias dívidas, maiores até que o valor estipulado pelo jogo, rumores não confirmados levaram a crer que o poder público bancaria o jogo, mas chamadas na TV não apresentam marcas de empresas ou de Prefeitura e Governo do Estado como patrocinadores.

A promotora deu prazo de 10 dias para que Estado e Município confirmem que acataram a recomendação. Do contrário, se a cota for paga com verbas públicas, o Ministério Público pode ingressar com ação na Justiça contra ambos.

O Cidadeverde.com tentou falar com Cesarino Oliveira por telefone, mas não obteve sucesso. 

Fábio  Lima
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