Entre janeiro e maio deste ano, o Banco Central encontrou aproximadamente 161 mil cédulas falsas no Brasil. De todo o volume encontrado, a maior concentração de dinheiro falso estava no estado de São Paulo (30,9%).

De acordo com balanço realizado pelo Banco Central, os quatro estados com os maiores volumes de notas falsas foram: São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em São Paulo, foram encontradas quase 50 mil cédulas falsas e a maior parte delas era de R$ 100,00 da segunda família, cerca de 16,5 mil.

As notas de R$ 100 da primeira família também tiveram um volume expressivo de falsificações, cerca de 10,5 mil notas encontradas nos primeiros cinco primeiros meses do ano. O Paraná concentrou 11% de todas as notas falsas encontradas no País, Minas Gerais ficou com 10,2% e Rio de Janeiro, com 8,6%.

Do total de notas encontradas, 22% eram de notas de R$ 50,00 (primeira família) e 25,5%, de notas de R$ 100,00 da segunda família.

O dinheiro falso é um grande problema que a sociedade brasileira vem enfrentando. Apesar da atuação da SSP (Secretaria de Segurança Pública) em conjunto com a Polícia Militar, não é possível exterminar esse problema.

O ideal, portanto, é que o consumidor preste bastante atenção ao receber uma nota, seja em qualquer tipo de comércio. Lembrado que caso tenha ou receba uma cédula falsificada, por exemplo, nenhuma instituição financeira, nem mesmo o Banco Central, se responsabiliza em trocar por uma nota válida.

Assim, vale observar as dicas do BC para se certificar que o dinheiro é verdadeiro. É possível encontrar as orientações no próprio site da entidade (http://www.bc.gov.br/?CEDVERIFICA).

As dicas explicam, por exemplo, que o consumidor deve observar a presença da marca d'água. Para isso, basta segurar a nota contra a luz, olhando para o lado que contém a numeração. Ainda, sentir com cautela o papel no qual a nota foi impressa também pode ajudar. Isso porque, a textura e a presença de relevo distinguem as notas falsas das verdadeiras.

As notas também contam com mais elementos escondidos. Nas notas da primeira família, olhando a partir do canto inferior esquerdo e colocando a nota na altura dos olhos, o dono do papel consegue ver as letras “B” e “C”, de Banco Central do Brasil.

Após observar os elementos, e a dúvida persistir, saiba que o Banco Central está à disposição para fazer as análises, mesmo que não troque as notas falsas. Caso você identifique uma nota falsa ao fazer uma retirada em um terminal de auto-atendimento, ou caixa eletrônico, há duas opções e dois procedimentos:

1. Dentro de uma agência bancária e durante o expediente - neste caso é indispensável retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco o cidadão deve procurar uma delegacia policial mais próxima (Civil ou Federal) para registrar uma possível ocorrência.

2. Fora de uma agência ou do horário do expediente bancário - o cidadão deve retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e procurar em seguida uma delegacia policial mais próxima (Civil ou Federal) para registrar uma possível ocorrência. Na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências.

Caso receba uma nota falsificada em uma transação comum, ou seja, em loja, supermercado, banca, posto de gasolina, o consumidor tem total direito de recusar o recebimento.