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Médico é transferido para o Corpo de Bombeiros; família pede cassação

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O advogado da família das cinco vítimas fatais do acidente na estrada de Campo Maior, Edward Moura, afirmou que já pediu a cassação do registro profissional do médico Marcelo Martins de Moura, acusado de ter provocado as mortes. 

Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com

"Entramos com pedido de cassação com base na omissão de socorro. Ele teria que averiguar se havia alguém com vida no veículo, mas ele preferiu proteger-se e se ausentou. Ele poderia ter salvado alguém e se recusou", justificou o advogado, em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira (19).


Segundo o advogado, o médico continua preso, mas hoje foi transferido da penitenciária Irmão Guido para a sede do Corpo de Bombeiros. Com a conclusão do inquérito que indicia Marcelo de Moura por homicídio doloso, cabe agora ao Ministério Público oferer denúncia por homicídio doloso ou culposo.

Reconstituição feita pela PRF e Polícia Civil

"A promotora não está engessada. Ela poderá solicitar mais diligências, mas na minha opinião, o inquérito está completo e se o Ministério Público decidir pelo culposo, podemos contrapor", explicou o advogado, que trabalhará como assistente de acusação da promotoria.


Se considerado crime culposo, o médico poderá pegar de 2 a 4 anos de prisão, mas poderá ser convertida em penas alternativas. Se considerado doloso, a pena poderá ser de 12 a 30 anos de prisão (pena máxima), levando em conta os agravantes.


"A omissão de socorro, sendo ele médico e a vítima que não morreu imediatamente poderão ser considerados agravantes, assim como o número de vítimas, entre elas, uma criança", contabilizou Edward Moura.

Carro onde estavam as vítimas

O Ministério Público tem o prazo de 15 dias após o recebimento do inquérito para decidir. 

Indenização

Edward Moura disse ao Cidadeverde.com que o pedido de indenização à família das vítimas está suspenso até a tramitação do processo penal. "Entrar com ação agora é precipitado. Esperamos o julgamento, porque base da indenização para homicídio culposo e doloso é diferente", disse.

Carro do acusado


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Jordana Cury
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