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Preso ataca agente com barra de ferro na penitenciária Major César

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Atualizada às 10h35

O agente penitenciário Francisco Silva de Aquino, 57 anos, foi atacado por um presidiário por volta das 13h30 deste domingo (24), durante a visita. Segundo o presidente do Sinpoljuspi, Vilobaldo Carvalho, tudo aconteceu porque o detento queria passar para uma área proibida através de um portão que estava sendo controlado pelo agente.

 


“O seu Aquino estava no portão de segurança que fica entre os pavilhões e a área administrativa. Mas como há muita movimentação, o portão fica encostado e o agente faz a segurança. O preso atravessou o portão e o seu Aquino disse que não podia. Então, ele puxou uma barra de ferro e começou a atacá-lo”, descreve Vilobaldo. 

Leilane Nunes/CidadeVerde.com
 

O presidente do Sinpoljuspi conta que o pior não aconteceu porque outros agente interviram e imobiliaram o detento. Ele denuncia ainda que há apenas sete agentes por plantão para cuidar de aproximadamente 300 presos na Colônia Agrícola Major César. "O número tem de ser de um agente para cada cinco presos. Desde o ano passado a Secretaria de Justiça anuncia que vai chamar os agentes concursados mas até agora nada", critica.

Aquino foi encaminhado para o hospital do bairro Satélite e foi transferido para o HCT onde passa por cuidados. 


Família
O filho da vítima, Leandro Aquino, diz que um detento conhecido como Lobinho, de 22 anos, tinha atravessado o portão indevidamente e que seu pai foi pedir para que ele voltasse para a área do pavilhão. “Foi quando o preso puxou uma barra de ferro que estava no calção e partiu pra cima do meu pai que correu, mas acabou atingido na perna e caiu. Foi quando ele começou a perfurar meu pai que se defendia, mas acabou todo ferido nos braços, orelha, peito e perna”, descreve. 


 
Leandro Aquino

As agressões só cessaram quando um outro agente atacou o detento com uma cadeira três vezes. “Se fosse mais de um, provavelmente meu pai teria morrido. Ele está muito nervoso e chorando porque um dos golpes ia atingindo ele entre o pescoço e a cabeça”, descreve Leandro. 


“Meu pai trabalha há 25 anos como agente e há outros tantos na Major César. Lá era um local tranquilo porque os presos eram selecionados e ficavam apenas aqueles de baixa periculosidade, mas hoje em dia está completamente descontrolado. Os presos psiquiátricos estão misturados e o delegado que registrou o caso disse que o Lobinho estava drogado”, acrescenta o filho do agente atacado. 


O preso ainda está na Major César aguardando ser transferido para a Casa de Custódia. 

Nota de esclarecimento
A SECRETARIA ESTADUAL DE JUSTIÇA esclarece que Francisco Silva de Aquino teve lesões superficiais sendo necessária a realização de procedimento de curativos na região dos dois braços e na coxa direita.

A Sejus procedeu aos primeiros socorros ainda na Penitenciária Major Cesar, tendo conduzido o mesmo na ambulância do Hospital Penitenciário Valter Alencar, que se localiza ao lado do presidio.

A Secretaria de Justiça informa também que através do Serviço Psicossocial e da Coordenação de Saúde tem oferecido apoio tanto ao agente Francisco Silva de Aquino e sua família, o qual se encontra em observação médica junto ao Hospital das Clinicas de Teresina (HCT), não correndo risco de morte.

A Sejus esclarece ainda que recentemente foram transferidos para a Colônia Agrícola Penal Major Cesar Oliveira, oito agentes penitenciários, ampliando o número de agentes por plantão.

SECRETARIA ESTADUAL DE JUSTIÇA

Carlos Lustosa Filho

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