Com as mudanças bruscas de temperatura muitas pessoas são acometidas pelas chamadas alergias respiratórias. A grande maioria dos pacientes apresenta sintomas de rinite (espirros e escorrimento pelo nariz, principalmente pela manhã), bronquite (tosse com ou sem catarro), e asma (falta de ar ou dificuldade de respirar).

A alergia trata-se de uma doença hereditária (transmitida dos pais para os filhos), relacionada ao sistema imunológico do corpo humano. Segundo o otorrino Erick Barros, se um dos pais é alérgico, a chance de o filho ser é de 30%; se os dois pais são, as chances passam a ser de 80%. “Este fator sofre influências, também, da região e do ambiente onde a pessoa vive, que podem, ou não, facilitar o desencadeamento da doença. As alergias respiratórias são acometidas de acordo com a história pessoal do paciente”, explica.

No caso do Brasil, um país tropical com grande extensão territorial, as pessoas alérgicas sofrem influências de fatores ambientais inerentes a cada região. Nas grandes cidades do Sudeste, por exemplo, as influências são devido à poluição ambiental causada pela fumaça do trânsito, indústrias e chaminés. E em Teresina, para amenizar os inconvenientes desse período de clima seco que se aproxima é importante não permanecer por muito tempo em ambientes climatizados, porque o ar-condicionado tira a umidade natural do ambiente, podendo desencadear crises alérgicas.

Segundo o Dr. Erick Barros, os principais sintomas são: obstrução nasal, rinorréia (secreção transparente), coceira no nariz e espirros constantes.

Caso seja comprovado o fator alérgico – como tosse constante, dor no peito e nariz escorrendo, com freqüência –, é aconselhável a procura de um especialista, para diagnosticar as causas. Na maioria dos casos, as alergias podem ser controladas evitando-se o contato com as substâncias causadoras, monitorando o ambiente e eliminando os fatores externos que possam desencadear o processo alérgico. “O controle ambiental é um dos fatores que pode prevenir o aparecimento de alergias. Ambientes bem arejados, limpos e a constante troca da roupa de cama , nos quartos, evitam a proliferação de alérgenos. O correto é tratar os sinais e sintomas da doença para que ela não progrida”, ressalta o otorrinolaringologista. Em algumas situações, no entanto, é necessário a prescrição de medicamento antialérgico.

Para driblar esta grande vilã que acompanha a humanidade durante séculos, é importante minimizar os fatores de risco procurando viver em um ambiente seco (sem umidade), ventilado (sem fungo e ácaro – parasita responsável por desencadear processos alérgicos) e limpo (sem poeira ou sujeira). “Uma outra dica muito boa é o uso de soro fisiológico para limpar o nariz. O procedimento é bem simples: basta usar uma seringa para colocar o soro no nariz. O processo previne as alergias e pode ser feito duas vezes ao dia”, aconselha .
 

Dicas

 - Limpar a casa com um pano umedecido em água ou álcool evitar desinfetante e outros produtos químicos ajuda a prevenir as alergias;

- Nada de espanador, cortinas de tecido e carpete que concentrem muita poeira;

- Os ácaros, principais causadores de alergia, são abundantes nos colchões e travesseiros, locais onde costumamos passar grande parte do nosso tempo, sendo imprescindível o uso de capas impermeáveis aos ácaros;

- Evitar ter no quarto almofadas, bichinhos de pelúcia e cortinas pesadas, pois tudo isso se torna ninho de ácaros;

- Deixe entrar ar e sol sempre que possível nos cômodos evitando, assim, o aparecimento de fungos.

Da Redação
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