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Punição de juízes tira chance de medalhas do judô brasileiro

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São três juízes, mais uma comissão de arbitragem que pode reverter um resultado. Tantas pessoas para julgar as lutas do judô, mas os árbitros não escapam das polêmicas em Londres. Nesta segunda-feira, Rafaela Silva e Bruno Mendonça estavam com boas chances de avançar às quartas-de-final na categoria, mas foram eliminados após marcações polêmicas.


A primeira confusão envolveu Rafaela Silva, que partiu para uma técnica na húngara Hedvig Karaka faltando cerca de três minutos para o fim da luta. A atleta, no entanto, foi infeliz ao segurar uma das pernas da adversária para tentar uma pontuação. Os juízes fizeram o sinal do wazari na hora, mas o árbitro principal parou a luta e, depois de conversar com os auxiliares, desclassificou a carioca.

Logo na sequência, Mendonça entrou no tatame como azarão contra o holandês Dex Elmont, terceiro colocado no ranking olímpico e favorito na luta. O brasileiro ignorou o status do rival europeu e foi para a pegada no quimono a todo instante, enquanto Elmont apenas se defendia e não tentava nada.

A arbitragem ganhou ares de polêmica quando os juízes deram dois shidos consecutivos ao brasileiro, que acabaram colocando o holandês na frente do placar com um yuko. Depois disso, Elmont definiu uma estratégia: se jogar ao chão quando Mendonça se aproximava. No fim, o holandês só recebeu uma punição - que não vale ponto - e foi às quartas.

"Tenho que trabalhar mais para não hesitar na hora do ataque. O critério da arbitragem foi bem duvidoso, mas não posso ficar dependendo de juiz para ganhar. É algo que preciso mudar", minimizou Mendonça em entrevista após o fim do combate.

Outra polêmica

No domingo, o árbitro brasileiro Edison Minakawa foi o pivô de uma controvérsia em um duelo de asiáticos: sul-coreano Jun-Ho Cho e Masashi Ebinuma, do Japão. Após cinco minutos com a luta empatada, com um yuko para cada lado, o brasileiro assinalou um ippon para o sul-coreano no golden score. Com a ajuda do vídeo, no entanto, a comissão de arbitragem da FIJ (Federação Internacional de Judô) ordenou que Minakawa cancelasse a marcação e, consequentemente, o fim do combate. Nesse instante, Jun-ho Cho já festejava muito a vitória.

A luta voltou, nenhum judoca pontuou e a decisão saiu depois de avaliação do próprio árbitro e os dois juízes de cadeira, que escolherem o melhor no tatame. Por unanimidade, os três apontaram a vitória do sul-coreano. No entanto, novamente a comissão de arbitragem interferiu no resultado, ao determinar o triunfo do japonês.


Fonte: IG
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