Atualizada às 11h16

Socorrinha Silva, membro do Diretório Estadual do PT, protocolou, às 10h50 de hoje (06), o pedido de expulsão dos petistas que declararam apoio à candidatura de reeleição do prefeito Elmano Férrer (PTB).

Ela apresentou documentos e provas de que o grupo de petistas está desrespeitando a resolução do partido em não aderir à campanha do senador Wellington Dias (PT).

"Estou pedindo a imediata expulsão daqueles que estão fazendo campanha publicamente", disse.

 

Socorrinha da Silva, membro do Diretório Estadual, que lidera o movimento de expulsão dos infiéis, disse que os petistas que discordam das decisões deverem recorrera as instâncias e respeitar a decisão final do partido. “Os problemas pessoais não podem estar acima da sigla. Em nenhum momento estes companheiros entraram com recurso questionando a posição do Diretório Nacional do partido”, disse Socorrinha.

“Não quero apenas a suspensão dos direitos partidários, quero que todos os militantes do PT que estão fazendo campanha para outra sigla, mesmo o Partido dos Trabalhadores tendo uma candidatura própria, saiam do PT, estes não estão compreendendo a estratégia”, ressaltou Socorrinha. 

Segundo Socorrinha, uma das fundadoras da nova ala no PT – Movimento Zumbi mais – se eles querem apoiar o prefeito Elmano Férrer, deveriam ter pedido a desfiliação do partido. 

“Neste caso, a posição do presidente do Diretório Municipal do PT, Francisco Sales, é extremamente omissa e conveniente. De certa forma, ele está protegendo seus amigos. Mas, o que vale para os inimigos deve valer aos amigos mais ainda”, disse.

O documento solicitando a expulsão dos infiéis será apresentado nesta segunda-feira (06), às 10h30, na sede do PT Municipal para que a executiva proceda à expulsão dos infiéis. 

Veja o que diz o código de Ética e o Estatuto do PT:

Art. 66. São sanções individuais passíveis de serem aplicadas, após regular processo disciplinar, contra os autores de infrações éticas tipificadas no Estatuto e neste Código, as seguintes penalidades ou medidas disciplinares:

V – a destituição de dirigente de cargo ou função em órgão partidário;

IX – a expulsão, com cancelamento da filiação partidária;

Art. 229. A infidelidade partidária se caracteriza pela desobediência aos princípios doutrinários e programáticos, às normas estatutárias e

às diretrizes estabelecidas pelos órgãos competentes.

§1º: Considera-se ato de infidelidade partidária, sujeitando o infrator ou infratora aplicação sumária da pena de cancelamento do registro da candidatura na Justiça Eleitoral e à expulsão simultânea do Partido, o candidato ou candidata do Partido que, contrariando as deliberações de Convenção e os interesses partidários, fizer campanha eleitoral para candidato ou candidata ou partido adversário.