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Piauí terá R$ 304 milhões para prevenir desastres naturais pelo PAC

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 O Piauí recebeu R$ 304 milhões (recursos já liberados) dentro do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, o PAC Prevenção, lançado nesta quarta-feira (8) pela presidente Dilma Rousseff, em Brasília. O governador Wilson Martins participou da solenidade, que marcou a inauguração do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad).


Os recursos destinados ao Piauí inicialmente serão aplicados dentro do eixo prevenção do Plano e distribuídos da seguinte forma: barragem e adutora dos Milagres (R$ 190 milhões), beneficiando Santa Cruz dos Milagres, São João da Serra, São Miguel da Baixa Grande, Prata do Piauí e São Felix do Piauí; sistema adutor de Bocaina/Piaus II (R$ 76,84 milhões), que passará por Bocaina, Sussuapara, Picos, Alagoinha do Piauí, Monsenhor Hipólito, Francisco Santos e Santo Antônio de Lisboa; adutora Padre Lira (R$ 19,10 milhões), beneficiando Dom Inocêncio, povoado Moreira e comunidades circunvizinhas; e variante do primeiro trecho da adutora do Garrincho (R$ 18 milhões), favorecendo São Raimundo Nonato, Coronel José Dias, São Lourenço, Dirceu Arcoverde, Várzea Branca, Anísio de Abreu, Jurema e São Braz.

"Todas essas obras já têm projeto pronto e podem ser executadas em até um ano e meio, como sugerido pelo Governo Federal. Elas vão ampliar a oferta de água no semiárido, beneficiando mais de vinte municípios", disse Wilson Martins, ressaltando que novos recursos serão aplicados no Piauí através do PAC Prevenção. "Esses 304 milhões são os recursos de liberação imediata", complementou.

Em todo o país serão investidos R$ 18,8 bilhões em prevenção, monitoramento e mapeamento de áreas de risco, além de atendimento emergencial. Do total, R$ 15,6 bilhões são para ações preventivas, sendo R$ 5,6 bilhões com liberação imediata para estados que passaram recentemente por estiagem (caso do Piauí) ou enchente.

"Não somos capazes de controlar a natureza, mas podemos criar ferramentas para reduzir perdas. E isso requer planejamento para aproveitar da melhor forma possível os recursos", afirmou Dilma Rousseff. Segundo a presidente da República, o semiárido nordestino tem atenção especial em função da frequência e do caráter duradouro de estiagens na região.

Ao todo, 821 municípios considerados área de risco serão monitorados. O risco hidrológico será avaliado em todos os estados.

Na área de prevenção, estão previstas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) voltadas à redução do risco de desastres naturais, como: barragens, adutoras, sistemas urbanos de abastecimento de água, drenagem e contenção de encostas.

Para o atendimento emergencial são previstas ações como: capacitação de mil profissionais da Força Nacional do SUS para atuar em parceria com a Força Nacional de Emergência; aquisição de equipamentos de saúde, salvamento, apoio aéreo, engenharia e comunicação para as Forças Armadas; simplificação do processo de compra de alimentos, refeições, água mineral, limpeza e higiene pessoal, colchões e roupas de cama; e implantação do Cartão de Pagamento de Defesa Civil para repasse de recursos aos municípios e estados.

Cenad
Durante a solenidade, Dilma Rousseff inaugurou as novas instalações do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), órgão do Ministério da Integração Nacional, responsável por captar e transmitir alertas de desastres naturais.

O PAC Prevenção prevê recursos para a expansão da rede de observação de aspectos hidrogeológicos, com a aquisição de nove radares, 4100 pluviômetros, 286 estações hidrológicas, 100 estações grometeorológicas, 286 conjuntos geotécnicos e 500 sensores de umidade de solo. 

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