Professores da UFPI em greve há 95 dias fazem uma barricada na entrada da universidade nesta segunda-feira (20) contra o corte do ponto referente aos dias não trabalhados. Os servidores levaram faixas, cartazes e pneus e estão impedindo a entrada de outros trabalhadores, além de divulgarem uma carta aberta à população piauiense.
Evelin Santos/CidadeVerde.com
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFPI (Adufpi), Mário Ângelo Meneses, nesta terça-feira (21), às 15h, haverá uma nova assembleia em todos os campi da universidade para analisar a contraproposta que será encaminhada ao Governo Federal. Os professores querem, entre outros pontos, que seja estabelecido o piso do Dieese de R$ 2.300, reajuste nas mudanças de níveis e a atualização dos valores pagos nas titulações para mestres e doutores.
Os grevistas rejeitaram a última proposta do Governo Federal cujo percentual de reajuste variaria de 25% a 40%, parcelado.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), 54 universidades ainda estão paradas no país. Na última quinta-feira (16), o Andes-SN protocolou no Palácio do Planalto uma carta dirigida à presidenta Dilma Rousseff pedindo reabertura imediata das negociações com os docentes. Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria-Geral da Presidência da República confirmou que o documento foi entregue e encaminhado ao gabinete da Presidência da República e aos ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento.
No documento entregue ao Planalto, o Andes-SN diz que as duas propostas apresentadas pelo Ministério da Educação aos docentes - oferecendo, respectivamente, reajuste de 12% a 40% e de 25% a 40%.
A categoria também afirma que o governo não contemplou a reestruturação de carreira em sua oferta.
“Esta é uma manifestação pela reabertura do canal de negociação com o Governo Federal e contra o corte do ponto que o reitor determinou. O corte é ilegal já que a greve não foi considerada abusiva pela Justiça. O reitor, de forma irresponsável, está cortando os pontos”, critica Mário Ângelo.
O professor Geraldo Carvalho, que integra o movimento, afirma que esta é a maior greve do funcionalismo federal dos últimos dez anos. “A paralisação está tendo apoio da população que está compreendendo as nossas reivindicações. “Não são as ameaças do reitor e da presidente Dilma que vão nos fazer recuar”, assegura.
Flash de Yala Sena
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Redação Carlos Lustosa Filho