Cansaço físico e mental, lentidão de raciocínio, irritação, disfunção erétil, diminuição da libido, osteoporose e aumento da gordura na região abdominal. Tudo isso pode ser resultante de um único problema masculino, popularmente conhecido como andropausa. No meio médico, a andropausa é chamada de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). A queda hormonal é um processo natural do envelhecimento masculino, e nem todos os homens serão vítimas da andropausa a ponto de necessitarem de tratamento. Estima-se que apenas 15 a 20% dos homens com mais de 50 anos têm real indicação de reposição hormonal, embora a queda da testosterona seja inevitável após os 40 anos.

Como afirma o urologista Giuliano Aita, o que muitos chamam de andropausa merece atenção especial. Ele destaca: " A denominação andropausa é inadequada, uma vez que, diferentemente das mulheres, que experimentam uma queda hormonal abrupta que com frequência leva a um importante quadro sintomático, nos homens o declínio hormonal é lento e gradual e apenas um pequeno grupo tem indicação de reposição de testosterona. Esta terapia está indicada quando a avaliação laboratorial bem feita e o quadro clínico preenchem os critérios do DAEM".

Giuliano Aita

Assim, é importante a avaliação de um especialista se você tem mais de 40 anos e tem um dos sintomas descritos acima." A reposição hormonal não é isenta de riscos. Por isso é fundamental uma indicação precisa e uma adequada avaliação prostática, já que o hormônio pode estimular o crescimento desta glândula e está contraindicado nos pacientes com câncer de próstata não tratado ou ainda em tratamento", disse o especialista.

E não são apenas consequências sexuais indesejáveis causadas pela falta de testosterona. A reposição, quando indicada, melhora tanto a qualidade de vida, facilita o controle dos níveis de glicose no sangue e fortalece os ossos e músculos. Segundo Giuliano Aita, a testosterona não é importante somente para a função sexual. " A testosterona é importante para a manutenção da massa muscular e da massa cálcica óssea, além de ser importante regulador do metabolismo", ressalta Aita.

Para quem está preocupado e já sentindo os sintomas da queda hormonal, o médico explica como se dá esse tratamento. Giuliano Aita comenta que houve um avanço significativo no tratamento deste problema, de forma que se dispõe de medicações seguras, de liberação prolongada que evitam os picos suprafisiológicos do hormônio no organismo, além da reposição na forma de gel ou até mesmo na forma roll on para uso axilar.