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Beth Cuscuz é solta e na porta da delegacia afirma: "Nada a declarar"

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Presos da operação Aspásia, que investiga a exploração sexual em Teresina, foram soltos na manhã de hoje. Uma das presas, a empresária Elizabeth Lourdes Ferreira de Oliveira, a Beth Cuscuz, ao ser solta na Delegacia do Silêncio se limitou apenas a dizer: “Não tenho nada a declarar”. Ela deixou a delegacia às 11h, acompanhada de um familiar.

Fotos: Evelin Santos


Além de Beth Cuscuz, foram soltas: Rejane Ferreira de Melo (gerente de Beth), Maria do Desterro da Silva (do Copacabana), Keila Marina de Sousa Jacob (sócia de Beth), Reginalda Pereira Martins Leite e Andreska Kiccy Rodrigues de Araujo. 

A soltura ocorreu após o prazo da prisão temporária encerrar nesta quinta-feira. A prisão foi autorizada pelo juiz Almir Adib Tajra, da 7ª Vara Criminal. 

Ao sair, Beth Cuscuz se limitou a dizer: “eu não tenho nada a declarar”. Ela saiu pela porta da frente, acompanhada de uma pessoa e se deixou ser filmada e fotografada. Apesar de ter pedido ao delegado Evaldo Farias, titular da Delegacia do Silêncio, para sair pela porta de trás e não ter sido autorizada. 


Elas foram soltas porque o prazo da prisão temporária (de cinco dias, renovados por mais cinco) se expirou e por não haver nenhuma outra determinação judicial, que seria a prisão preventiva (30 dias). 


Carlão continuará preso 

Dos homens que estavam presos no 21º Distrito, na Vila Irmã Dulce, dois foram soltos, apenas Carlos Alberto da Silva Fat, o Carlão, proprietário do Copacabana, continuará preso por porte ilegal, já que em seu poder foram encontradas duas armas. 

Fotos: Yala Sena

O delegado Farias disse que as mulheres estavam numa cela com capacidade para dez pessoas e tinham apenas seis. Elas tinham colchonetes e direito a visitas. 

O alvará de soltura também foi assinado pela delegada Daniela Barros. 


Caso a delegada Andrea Magalhães, que comanda o inquérito, encontre novos indícios para solicitar ao juiz novas prisões, ela pode fazer isso, desde que tenha com parecer favorável do Ministério Público. 


Keila Marina solta

Apesar de só ter sido encontrada no domingo(19), cinco dias após a operação, a sócia de Beth, Keila Maria Jacob, conhecida com Cláudia Pires, também foi liberada. De acordo com a polícia, não havia mais necessidade de mantê-la presa já que já prestou depoimentos e sua soltura não atrapalharia as investigações. 


A operação 

A operação Aspásia foi deflagrada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com apoio do Núcleo de Inteligência e Suporte de Operações Especiais (SOE) da Polícia Civil, no dia 14 de agosto, depois de 15 meses de investigações. Foram cumpridos dez mandados de prisão e de mandado de busca e apreensão, após terem encontrados indícios de envolvimento de menores com prostituição. 

Os presos estão sendo acusados de favorecimento à prostituição, rufianismo (agenciamento), formação de quadrilha. 


Flash de Yala Sena
Redação Caroline Oliveira 
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