A delegada Andrea Magalhães, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), colhe, nesta quarta-feira (19), o depoimento de um policial militar que adentrou ao prédio do Fórum Criminal após a queda da menina Maria Beatriz, de 4 anos, na última segunda-feira. 

Segundo a delegada, o policial teria se deparado com um menino de 13 anos na cena do fato que estaria em companhia da garota no momento da queda. O pré-adolescente já foi ouvido e, se for confirmada a alguma ligação, o caso será encaminhado para a Delegacia do Menor Infrator. 

Magalhães espera que a menina seja transferida da UTI para a enfermaria para que possa conversar com a vítima. Além do policial militar serão ouvidos hoje e amanhã o vigilante, servidores da limpeza, já que quando o fato ocorreu, por volta das 15h30, apenas a 7ª Vara Criminal estava funcionando. 

No local, o namorado de Márcia Gomes de Carvalho, mãe da criança, estava prestando depoimento.

Acumulando vários casos e recebendo denúncias diárias de crimes contra crianças e adolescentes, a DPCA trabalha com apenas dois investigadores, dois computadores e uma viatura com uma cota diária de combustível de R$ 23. Segundo a delegada Andrea Magalhães, a demanda é desproporcional à estrutura disponível. 

Em 2011, a DPCA abriu cerca de 300 inquéritos, uma média de um por dia útil. A delegada reclama ainda que a impossibilidade da realização de exames de DNA dificulta as investigações de estupro. O distrito atende a toda capital, zonas urbana e rural, denúncias dos três conselhos tutelares, Vara da Infância e da Juventude, Vara de Violência Doméstica, 7ª Vara Criminal e ainda as denúncias do Disque 100.

“A DPCA tem uma demanda desproporcional ao número de casos que nos chegam. Nós procuramos atender a todos os casos, mas por falta de policiais e de estrutura física, acabamos nos frustrando quando não conseguimos dar solução a crimes principalmente porque envolvem crianças”, declara.

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