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Delegado da Polícia Civil contesta: “tese de psicopata é impossível”

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Os delegados da Polícia Civil do Piauí, Thiago Dias e Carlos Belfor, contesta versão do advogado da família de Fernanda Lages, Lucas Villa, de que a jovem foi morta por um “psicopata”. As informações foram repassadas durante entrevista, nesta sexta (21), no Jornal do Piauí.

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

“Sobre a tese do psicopata: acho improvável, praticamente impossível, que ela tenha sido lançada. Se fosse só uma pessoa, não teria como ter jogado ela tão distancia. Ela era grande”, disse o presidente da Associação de Peritos, Carlos Belfort

Na manhã de hoje, a família de Fernanda, e seus advogados, concederam entrevista coletiva à imprensa para afirmar que não aceitam a tese de suicídio e que as investigações sobre a morte da universitária terão continuidade.


“Eu acho que as diferenças que houve entre os dois laudos, o da Polícia Civil e da Federal, foram muito poucas. Agora, não podemos dentro na cabeça dela pra confirmar o suicídio. Também não descartamos a queda acidental”, analisa o delegado Carlos Belfort.

Sobre vigias da obra
Thiago Dias foi o delegado que presidiu o inquérito realizado pela Polícia Civil sobre a morte de Fernanda Lages. Para ele, os vigias da obras foram coerentes e mantiveram a versão sobre o dia em que a morte ocorreu.


“As pessoas confundiram. São duas versões diferentes porque são duas pessoas tentando contar a mesma coisa. Seu Domingo manteve a mesma versão contada no mesmo dia. O Seu Manoel, que assumiu o turno às 6h, se confundiu e achou que ela entrou acompanhada. A confusão nasceu ai”, revela o delegado.

O policial civil disse ainda que a história do caso Fernanda Lages daria para render dois livros: o primeiro contando os fatos oficiais; e o segundo, relatando os boatos que surgiram com a morte da estudante. Mesmo assim, ele acredita que os vigias estão falando a verdade.


“Ele [Domingo] imaginou que não tinha nenhum bem de valor a ser subtraído. Ele viu que a Fernanda passou para a outra obra e que não representou riscos para ele. O que houve é que ele se acomodou”, conta Thiago Dias.

Reação a declarações de Eliardo Cabral
“Queria apenas dizer uma coisa para o promotor Eliardo: o pior atirado é o atirador medroso. Ele vai morrer com a arma na mão. Tudo que ele fala é blefe, é desrespeito com a polícia. Se discorda do laudo, tem que contra argumentar com informações técnicas”, disse Thiago Dias.


Lívio Galeno
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