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Morte de Steve Jobs completa um ano; confira o que mudou na Apple

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A Apple recebeu uma avaliação positiva de analistas sobre seu primeiro ano sem Steve Jobs, cofundador da companhia e "pai" de produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad–a morte do executivo completa um ano nesta sexta-feira (5).


“Quando Jobs morreu, houve muitos questionamentos sobre se a Apple ia passar por turbulências. Até agora, não vimos nenhum impacto negativo, vemos uma movimentação da empresa para continuar com grande participação no mercado e com produtos inovadores”, destaca Bruno Freitas, analista de mercado da IDC.

Para Freitas, o corpo de executivos que liderava a companhia na época de Steve Jobs continua por lá. “Isso mantém a cultura, o desenvolvimento, a inovação e a competitividade”, explica. “No médio prazo, não deve haver impacto, mas é difícil prever a dinâmica do mercado.”

Edison Puig Maldonado, coordenador do curso de ciências da computação da Faap, concorda com a avaliação do analista. “Acompanhando a empresa da universidade, nos parece que ela está indo bem. As novas ideias e lançamentos têm conseguido suprir, pelo menos neste ano inicial, as vontades do mercado”, afirma.

Também da academia, Moacir de Miranda Oliveira Junior, professor do curso de administração da FEA-USP, conta que a Apple conseguiu manter sua “mítica” neste primeiro ano sem Jobs. “A estratégia das lojas de varejo funciona muito bem e a empresa atingiu o seu auge de avaliação do mercado”, lembra. As ações da empresa chegaram a valer US$ 700 no meio de setembro –na última quinta-feira (4), elas valiam US$ 666, tornando o valor de mercado da Apple quase US$ 630 bilhões.

Para a analista Claudia Bindo, gerente de unidades de negócios da GFK Brasil, tanto o mercado de smartphones quanto o de tablets continuam em crescimento no Brasil e no mundo. “Os números não transparecem a saída de um líder importante”, afirmou.

Críticas
Mas nem tudo são flores na vida da Apple, conforme aponta Freitas, da IDC. “Houve o problema com os mapas do novo iPhone”, lembra, sobre a insatisfação dos usuários com o novo aplicativo de mapas para dispositivos móveis da companhia, lançado junto com o iPhone 5.

Ele conta, porém, que foi positivo o fato de Tim Cook, novo CEO da empresa, ter se desculpado publicamente com os consumidores. “A empresa está mais aberta para algumas coisas”, conta.

Para Benjamin Lowenstein, empresário do Vale do Silício, a maneira com a qual a Apple lidou com a crise mostra que a empresa está se virando bem. 

“Eles fizeram um bom trabalho na crise. A liderança foi boa ao pedir desculpas”, conta Lowenstein, que é dono de um smartphone Android, mas usa um MacBook como seu notebook.

O lançamento do iPhone 5 também trouxe preocupações a Oliveira Junior, da FEA-USP. “Na verdade, neste ano, não houve nenhum indício de um novo produto inovador”, conta. Segundo ele, Jobs foi brilhante o suficiente para ter um impacto em vários mercados (o do computador musical, o da música, o da telefonia móvel), mas o iPhone 5 “foi um fracasso em termos de inovação”.

Para o professor da FEA, atualmente, se vê mais inovação fora do que dentro da Apple. “Em um celular chinês, você pode ver TV ou usar mais de dois chips. No Brasil, temos um tablet com tela em 3D”, conta.

Fonte: G1
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