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Relator absolve Duda Mendonça no mensalão

O relator do processo do mensalão, o ministro Joaquim Barbosa, absolveu nesta segunda-feira (15) o publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes de cinco acusações de lavagem de dinheiro, durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o ministro, a Procuradoria-Geral da República (PGR), que fez a denúncia, não conseguiu reunir provas suficientes para a condenação dos dois.


Na sessão de hoje, houve uma alteração do cronograma, devido ao atraso dos ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello. Estava previsto que os ministros do Supremo concluíssem o item que trata das acusações de lavagem de dinheiro contra os ex-deputados Paulo Rocha (PT-PA), Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG), a ex-assessora de Rocha Ayana Tenório, o ex-ministro de Transportes Anderson Adauto e o ex-chefe de gabinete de Adauto José Luis Alves.

Segundo a asessoria do Supremo Tribunal Federal, os únicos três ministros que faltam votar no item anterior - Mendes, Celso de Mello e o presidente do Supremo, Ayres Britto - devem fazê-lo após o intervalo.


Durante seu voto em relação a Duda Mendonça e Zilmar, Barbosa falou sobre os saques feitos em espécie pela sócia do publicitário no valor total de R$ 1,4 milhão, em relação aos pagamentos do PT feitos a ela via Banco Rural. Duda Mendonça foi o responsável pela campanha que elegeu Lula em 2002.

De acordo com o relator, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi quem pediu que Zilmar falasse com Marcos Valério, dono de agências de publicidade e considerado o cabeça do esquema, para que ele pagasse a dívida. No encontro, Valério teria dito à sócia de Duda que programaria o pagamento da dívida e depois, em telefonema, teria afirmado que ela recebesse o primeiro pagamento em uma agência do Banco Rural.

Barbosa listou os repasses, que, de acordo com ele, seguiram "o mesmo esquema de lavagem de dinheiro disponibilizado pelo Banco Rural por meio do grupo de Valério". O banco, segundo o relator, registrava que os saques eram feitos não pela sócia de Duda Mendonça, mas pela SMP&B, agência de Valério, e que os montantes eram destinados a pagamento de fornecedores.

Segundo o ministro, entretanto, "não há como afirmar que ambos integravam a quadrilha e a organização criminosa ou mesmo que tinham conhecimento dos crimes anteriores". "É até possível que tinham o objetivo de sonegar tributos, porém foram denunciados neste item por lavagem de dinheiro, e não por sonegação fiscal.”

Duda Mendonça e Zilmar Fernandes também são acusados de evasão de divisas. Segundo a PGR, Duda, tendo Zilmar como coautora, é acusado de ter articulado um esquema para "dissimular a natureza, origem, localização, movimentação e a propriedade dos valores" do grupo do publicitário.

Fonte: Ig
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