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Semar promove debate sobre impacto ambiental em Guadalupe

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Mais de 800 pessoas participaram da audiência pública realizada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), na noite dessa terça-feira (6), no Ginásio Poliesportivo Simorelda Passos de Moraes, em Guadalupe. Essa foi a segunda audiência promovida pela Semar para discutir o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima), do empreendimento Polo Integrado de Alimentos e Bioenergia no Piauí. A primeira ocorreu em Floriano, na segunda-feira (5), e reuniu 220 participantes.


Moradores dos municípios de Guadalupe, Jerumenha, Marcos Parentes e cidades circunvizinhas, englobadas pelo empreendimento, o qual é de responsabilidade da Terracal Alimentos e Bioenergia - Unidade Piauí Ltda -, deram sugestões e críticas ao estudo ambiental apresentado pela empresa. “Tenho uma avaliação positiva das audiências realizadas. As pessoas participaram, criticaram e elogiaram o empreendimento, mas houve também sugestões para melhorar o estudo ambiental apresentado”, disse o secretário estadual de Meio Ambiente, Dalton Macambira.

Uma das propostas apresentadas e acatadas pela Semar é que o estudo ambiental contemple as abelhas nativas da região, que poderiam ser afetadas com o empreendimento. “A mata nativa vai ser substituída por outras culturas, no caso a de cana-de-açúcar, tomate e cacau, e isso pode implicar em algumas consequências negativas para essas abelhas nativas por conta das floradas. A Secretaria já exigiu que a empresa melhore o estudo, considerando essa questão”, destacou Macambira.

De acordo com o presidente executivo da Terracal, Ricardo Moura Júnior, todas as sugestões foram anotadas pela comissão técnica da empresa. “Vamos incluir os fatores condicionantes ao processo e trabalhar juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente e órgãos competentes para obter o licenciamento ambiental”, comentou o presidente.

Para o historiador Ricardo Augusto, presente no evento em Guadalupe, as audiências são importantes para que a população seja ouvida. “Nelas, temos condição de ter acesso e avaliar informações que não poderíamos ver no estudo de impacto ambiental elaborado pela empresa, tanto do ponto de vista negativo, quanto positivo”, opinou.

A audiência pública é uma exigência legal do processo de licenciamento com a finalidade de dar conhecimento à sociedade local do empreendimento que vai ser instalado na região e do estudo ambiental apresentado para que a empresa possa se habilitar a receber a licença ambiental.

Da Editoria de Cidades
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