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Após tiroteio no 9° DP, policiais civis fazem paralisação de 48h

Após a invasão e troca de tiros dentro do 9° Distrito Policial durante a madrugada desta terça-feira (13), os policiais civis se reuniram na sede do sindicato da categoria e decidiram paralisar as atividades da delegacia por 48 horas, como forma de reivindicar melhores condições de trabalho.


A operação de alerta foi batizada de "Amor pela Vida" e, segundo o presidente do sindicato, Cristiano Ribeiro, poderá resultar em greve, caso as solicitações não sejam acatadas. "Está virando modismo esse tipo de ação. A situação já é bastante recorrente e se a Secretaria de Segurança não resolver, vamos parar", completou.

Como soluções paliativas para o problema, a categoria pede que os policiais que tenham apenas funções administrativas sejam lotados nas delegacias para reforçar o efetivos, especialmente durante a noite. 

O sindicato exige ainda que uma viatura da Polícia Militar fique nas delegacias que estão custodiando presos. "Este é um problema que se alastra. O policial não pode ficar à mercê e colocar sua vida em risco", disse Cristiano.


Resposta do secretário

O secretário estadual de Segurança Pública, Roberto Rios Magalhães (PCdoB), garantiu que acatará o pedido do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi) e ainda hoje ordenará que todos os policiais que fazem serviço burocrático se desloquem para as delegacias. 

"Na hora que eu chegar na secretaria vou fazer isso. Não vai ficar mais nenhum policial no trabalho administrativo. Todos eles devem estar, esta tarde, à disposição da Delegacia Geral. Vamos reforçar o efetivo", disse Rios, em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira.

O gestor acrescentou que irá também exigir que todos os policiais civis façam suas refeições dentro da delegacia quando estiverem de plantão. "Não pode acontecer de saírem do DP e deixarem só uma pessoa. Policial vai ter que almoçar e jantar na delegacia e só poderá sair quando terminar o plantão", explicou.

Robert Rios destacou que o Governo do Estado está agilizando as obras nos presídios, para que as delegacias não fiquem com custódia de presos.

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Jordana Cury

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