Os agentes administrativos da educação municipal de Teresina se reuniram à manifestação dos carroceiros em frente à prefeitura de Teresina e exigem a devolução de 1/3 das férias, horas extras e gratificação de desempenho. O Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm) da categoria promete pedir na Justiça o bloqueio das contas da prefeitura. 

De acordo com o presidente do Sindserm, Sinésio Soares, cerca de mil trabalhadores foram atingidos pelos descontos. “Queremos a garantia de que vamos receber esse dinheiro de volta e, por isso, vamos entrar com medida preventiva através da nossa assessoria jurídica pedindo o bloqueio das contas da prefeitura porque não há outra forma de garantirmos o pagamento”, declara. 

O agente de portaria José Gonçalves mostrou uma realidade que lhe frustrou neste final de ano: seu contra-cheque do mês de novembro veio zerado. “Sou funcionário desde 1986. Essa situação acabou com o meu Natal. Isso é um golpe. Não tenho como pagar as minhas contas”, lamenta o senhor que trabalha no colégio municipal do residencial Pedra Mole. 

Através de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura de Teresina informa que no caso do senhor José Gonçalves, o contracheque veio zerado porque ele possui quatro empréstimos consignados, porque apesar de haver limite, algumas instituições financeiras continuam realizando a operação. Quanto às horas extras reclamadas, a PMT explica que há servidores que recebem praticamente o mesmo valor do salário em horas extras e que o valor referente a estas não foi pago porque não foram feitas horas extras no último mês. 

No contracheque de novembro, Edigar Gonçalves recebeu um valor total de R$ 1.137,39, mesma quantia de seus descontos que incluem, além de quatro empréstimos, o desconto da União dos Servidores Municipais de Teresina (R$ 326,56), pensão alimentícia (R$ 482,56), entre outros.