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Sul-africanos rezam pela saúde de Nelson Mandela

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O clima entre os sul-africanos neste domingo (9) foi de preocupação com o estado de saúde do ex-presidente Nelson Mandela, de 94 anos. O líder está internado desde sábado no Hospital Militar de Pretória para exames médicos, e o governo informou que a condição dele é “confortável”. Naquele dia, o presidente Jacob Zuma esteve no hospital e seu gabinete disse que não havia motivo para alarme.

Ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em 26 de junho de 2008 em Londres (Foto: AFP)

Neste domingo, milhares rezaram pela melhora de Madiba – como é carinhosamente chamado no país. No distrito de Soweto, em Joanesburgo, simpatizantes foram à Igreja Regina Mundi, que foi um centro dos protestos contra o regime racista do apartheid, abolido na década de 1990.

Admirador fotografa estátua na Praça Mandela, em Joanesburgo (Foto: AP Photo/Denis Farrell)

“Estamos realmente preocupados porque ele é uma grande pessoa”, admitiu a frequentadora Shainet Mnkomo, que rezou pelo líder na missa da manhã. “Ele fez tantas coisas pelo país, é uma das pessoas que mais lembramos”, completou Mnkomo.

O próprio Nelson Mandela é considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país. Mandela ficou preso por 27 anos e, depois de liberado, ganhou Prêmio Nobel da Paz em 1993.

Em 1994, o país realizou suas primeiras eleições multirraciais, e Mandela foi eleito. Em 1999, não se candidatou à reeleição e se aposentou da carreira política. Desde então, ele passou boa parte de seu tempo em sua casa em Qunu, o vilarejo em que passou a infância, na província pobre do Cabo Leste.

Foto de arquivo da Igreja Regina Mundi, em Soweto (Foto: Emilie Chaix / Photononstop / AFP)

Mandela é alvo de um verdadeiro culto em seu país, onde sua imagem e citações são onipresentes.

Várias avenidas têm seu nome, suas antigas moradias viraram museu e seu rosto e nome aparecem em todos os tipos de recordações para turistas.

Mandela havia sido hospitalizado em 2011 por problemas respiratórios, e novamente em fevereiro desse ano por dores abdominais. Na ocasião, ele foi liberado no dia seguinte depois que exames não detectaram nenhum problema sério.

Sua saúde frágil impede que ele faça quaisquer aparições públicas na África do Sul -- a última foi durante a Copa do Mundo de 2010, realizada no país. No entanto, ele continua a receber visitantes de grande visibilidade nos últimos meses, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.


Fonte: G1
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