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Luís Correia: Porto será referência em navegação de cabotagem

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Uma reunião em Brasília na última sexta-feira (14), entre o governador Wilson Martins e o secretário nacional dos Portos, Leônidas Cristino, ficou definido que será feita uma adaptação da obra do porto de Luís Correia para um porto de cabotagem. A redefinição do porto foi elaborada depois de um estudo feito pela Secretaria Estadual dos Transportes (Setrans), com orientação da própria Secretaria Especial dos Portos (SEP).  Dados do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento apontam um crescimento  de 350% no transporte de cabotagem de 2003 a 2008, os números atuais ainda são maiores ultrapassam os 500%.

A navegação de cabotagem acontece quando o transporte é feito por navios nacionais entre portos do país. É uma tendência que vários portos do Brasil e do mundo estão tomando e abrindo linhas para este fim. A navegação de cabotagem também é importante por ser uma mola propulsora para o desenvolvimento regional e melhorar o escoamento de produtos de uma região.

O novo projeto idealizado pela Setrans dá uma dimensão diferente do antigo que rapidamente se tornaria obsoleto. Agora o porto de Luís Correia terá um maior calado (profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação), o cais será ampliado e a área retroprotuária mais distribuída.

O Porto de Luís Correia está numa lista de 14 equipamentos portuários marítimos que têm recursos garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), para obras de dragagem, de aprofundamento e adequação da navegabilidade nos canais de acesso. A obra garantirá o escoamento da produção dos cerrados piauienses, da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), de Parnaíba e dos Tabuleiros Litorâneos.

O governador Wilson Martins disse durante a reunião que tem assegurado um montante de R$ 64 milhões, que serão destinados para a conclusão da primeira etapa do Porto de Luís Correia que seria a ampliação e reconstrução do cais e a área do retroporto. Para a conclusão da obra devem ser investidos R$ 320 milhões, com recursos do Governo Federal e Estadual. “É um obra de suma importância para o desenvolvimento do Piauí, nos âmbitos político, econômico e estratégico”, explicou o governador Wilson Martins.

Para o representante do Governo Federal a conclusão do porto de Luís Correia será uma referência no que se trata de navegação de cabotagem. “A via será o melhor caminho para o Estado, apresentando-se como um diferencial. Primeiro o porto começaria como auxiliar para depois ser interligado à rodovia”, afirma Leônidas Cristino.

Vantagens da Cabotagem no Brasil:

- Menor custo unitário;

- Menor índice de avarias;

- Menor índice de sinistros;

- Redução do desgaste das malhas rodoviárias;

- Redução de acidentes nas estradas;

- Menor consumo de combustíveis;

- Menor índice de poluição;

Aspectos Favoráveis para o desenvolvimento da cabotagem:

- Extensa costa marítima dotada de portos e terminais portuários em contínuo processo de modernização e ampliação da capacidade de movimentação de cargas;

- Concentração ao longo da costa dos setores produtivo e consumidor;

- Investimentos na infraestrutura de transportes terrestres permitem o desenvolvimento do transporte multimodal porta-a-porta;

- Existência de vantagens comparativas da cabotagem em relação ao modal rodoviário.

Da Editoria de Cidades
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