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Corpo de cabeleireira é encontrado em terreno na zona Norte de Teresina

Por Rebeca Lima e Jade Araújo

Foto: Reprodução redes sociais

Atualizada às 12h40

O corpo da cabeleireira, identificada como Aryadna Montenegro, de 23 anos, foi encontrado na manhã desta segunda-feira (22), no bairro São Joaquim, zona Norte de Teresina. Ao Cidadeverde.com o delegado Bruno Ursulino afirmou que populares relataram à policia que a vítima não possuia envolvimento com o mundo do crime. 

“A vítima trabalhava no ramo de beleza, possuia um salão, ali próximo naquela região onde ela foi morta. As primeiras informações não nos mostram envolvimento dele no mundo do crime. O que a gente sabe é que ontem a vítima se encontrava em seu momento de lazer, tudo indica que ingerindo bebida alcoólica, não sabemos em que local e na companhia de quem. Então existe uma série de possíveis motivações”, afirma o delegado. 

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) segue com as investigações para estabelecer a motivação do crime. A suspeita é que Aryadna tenha sido morta a pedradas, já que o rosto da vítima estava bastante desfigurado. 

Foto: Jade Araújo/Cidadeverde.com

“No local a gente consegue determinar que foi utilizado um objeto contundente em que o principal alvo foi justamente o rosto da vítima, mas não conseguimos localizar o objeto utilizado nesse crime. Aquela região é formada por diversas lagoas e uma possibilidade é que esse objeto possa ter sido jogado para dentro de uma delas”, encerra. 

No local do crime, a polícia também colheu informações sobre a vítima. Aryadna Montenegro se identificava como uma mulher trans e era vista pela população como uma pessoa trabalhadora. Ela possuía um salão de beleza. O trabalho de investigação busca agora esclarecer a motivação, a dinâmica e autoria do crime.

Ao Cidadeverde.com a diretora de promoção da cidadania LGBT, Joseane Borges, afirma que recebeu o caso com muita tristeza e que as medidas cabíveis pela Sasc já estão sendo tomadas. 

"A gente recebeu com bastante tristeza porque o estado do Piauí vem decaindo quanto aos crimes de LGBTfobia. Quando a gente vê um caso assim a gente está vendo que vivemos em um país que mata a população LGBT, que mata a população trans pelo simples fato de existir. Um crime brutal desse tem que ser acompanhado, elucidado para que a gente possa dar uma resposta a população piauiense e para que crimes como esse possam ser banidos da sociedade", afirma. 

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